Desde a postura até á separação dos pais
Postura
As
fêmeas colocam entre 3 a 5 ovos em cada postura, sendo o normal colocar
4. A fêmea coloca um ovo por dia e este é colocado de manhã bem cedo,
por volta das 7h. Para garantir igualdade a todas as crias, e por
conseguinte mais uma taxa de sucesso maior, é recomendável substituir os
ovos verdadeiros por ovos de plástico à medida que a fêmea os coloca no
ninho. Quando vir que a fêmea deixou de pôr (o último ovo é facilmente
identificável pois é mais pequeno e de uma cor diferente dos restantes)
deve efectuar novamente uma substituição: desta vez retira os ovos de
plástico e coloca os verdadeiros. Assim a fêmea começa a chocar todos os
ovos ao mesmo tempo o que evita que as crias nasçam com dias de
diferença o que era prejudicial à última cria pois os irmãos já seriam
maiores e esta dificilmente comeria.
Incubação
A
incubação nos canário demora normalmente 13 dias, podendo chegar aos
15. Durante este período a fêmea aumenta a sua temperatura corporal,
esta febre dura 18 a 20 dias. A fêmea quase não sai do ninho, nem para
comer pois o macho encarrega-se de a alimentar no ninho. Ao 7º dia de
incubação deve-se verificar se os ovos estão “cheios” ou seja, férteis.
Para isso pega-se cuidadosamente no ovo e coloca-se diante de uma luz
(candeeiro por exemplo). Para evitar mexer nos ovos para não os partir,
pode adquirir uma lanterna pequena, do tamanho de uma caneta e com os
ovos no ninho basta apontar e facilmente vê o interior dos ovos. Se não
conseguir ver através do ovo é porque este está galado, conseguindo-se
ver algumas veias do embrião. No dia seguinte a parte escura que se
observa no ovo já estará maior. Se por outro lado conseguir ver a luz é
porque o ovo não está galado. É aconselhável fazer este procedimento até
ao 9º dia, depois o embrião já se encontra em fase adiantada (faltam
menos de 3 dias para nascer).
Nascimento
Depois
de 13 dias (ou 15) dá-se a eclosão, nascem as crias. A mãe pode comer a
casca do ovo para limpar o ninho e para repor o cálcio gasto para
“fabricar” esse mesmo ovo. Os recém-nascidos não precisam de ser
alimentados pelos pais nas primeiras horas de vida pois enquanto estavam
dentro do ovo comeram o saco vitelino.
Crescimento
Se
verificar que os pais não estão a alimentar convenientemente as crias
deve dar-lhes papa à “palitada”. O crescimento das crias é muito rápido,
ao fim de 20 dias têm quase o tamanho dos pais mas apresentam a cauda
ainda curta.Os olhos permanecem fechados até ao 5º/6º dia de vida. Ao 7º
dia anilham-se as crias. É recomendável cortar um bocado de penso e
colar à volta da anilha. Desta forma a anilha fica mais camuflada e há
menos probabilidade da mãe tentar tirar a anilha das crias e atira-las
fora do ninho.Entre o 18º e o 20º dia as crias saem do ninho. A partir
do 24º dia é recomendável separar os pais das crias através do separador
uma vez que os pais começam a pensar noutra postura. Estando com o
separador os pais continuam a alimentar os filhotes e evita-se que sejam
arrancadas as penas para construir um novo ninho. Deve-se fornecer
material para a construção de um novo ninho. A partir do 30º dia as
crias já se alimentam sozinhas, no entanto só se devem afastar dos pais
ao fim de mais alguns dias para garantir que realmente estão a comer
sozinhos. Nesta altura deve haver sempre comida mole à disposição (papa,
sêmola de trigo, maçã…).
Separação dos pais
Como
foi dito, em regra geral as criam começam a comer sozinhas ao fim de 30
dias de vida. Podemos ver se nos comedouros há cascas de sementes,
sinal de que estão a comer por si próprios. Ao separar as crias dos pais
é recomendável coloca-las numa gaiola um pouco maior e onde a idade das
aves seja sensivelmente a mesma (mais ou menos 15 dias de diferença).
Se se colocam directamente na voadora elas vão ter dificuldade em
evoluírem em condições pois é um espaço muito grande e elas ainda não
voam, apenas saltam de poleiro para poleiro e, o pior de tudo é que há
crias já mais desenvolvidas que não lhes vão dar tréguas, ora picam-nas
ora não as deixam comer/beber. Por isso deve-se colocar numa gaiola
intermédia para crescerem, amadurecerem e estarem mais aptas a
defender-se.
Artigo: Ivo Leite
Vitaminas essenciais para os canários
Vitamina A ou retinol
Tem
um papel importante no que respeita à visão, crescimento,
desenvolvimento do osso, assim como no fortalecimento do sistema
imunológico. Podemos encontrá-la em alimentos como os espinafres,
cebola, legumes de folha verde, abóbora, batata-doce, meloa, salsa,
cenoura, pimento vermelho e manga. A sua deficiência pode provocar visão
deficiente, secura generalizada das mucosas, stresse, aumento de
infecções e redução do olfacto e paladar.
Vitamina B1 ou tiamina
Tem
como função principal transformar os hidratos de carbono e as gorduras
em energia. É importante para o bom funcionamento do sistema nervoso,
músculos e coração.Alimentos como ervilha, pão, cereais, arroz integral,
feijão, frutos secos, leguminosas e batatas apresentam grande oferta
dessa vitamina. Problemas relacionados com fadiga, nervosismo, perda de
apetite/energia/sensibilidade, fraqueza muscular encontram-se na origem
de carências desta vitamina.
Vitamina B2 ou riboflavina
Actua
na boa saúde dos tecidos celulares, é também essencial para a
libertação da energia contida nos alimentos. Importante para a saúde dos
olhos. Para evitar problemas como a depressão, grande sensibilidade à
luz e algumas formas de anemia convém alimentarem-se de arroz, aveia,
ervilhas, todas as couves e cereais.
Vitamina B3 ou PP (niacina)
É
uma vitamina que desempenha uma função importante no metabolismo
energético através dos quais o organismo extrai dos alimentos a energia
necessária ao seu funcionamento. Facilita a circulação do sangue e a
respiração celular.Encontra-se sobretudo em alimentos ricos em
proteínas, nas batatas, ervilhas e nos alperces secos.
Vitamina B5 ou ácido pantoténico
Tem
um papel importante no metabolismo dos hidratos de carbono, proteínas e
gorduras e é por isso importante na manutenção e reparação de todas as
células e tecidos.Encontra-se presente em quase todos os alimentos, de
forma que não se conhecem formas carênciaMas vegetais, legumes e cereais
de grão inteiro são provavelmente as fontes mais comuns.
Vitamina B6 ou piridoxina
Desempenha
uma função importante no metabolismo das proteínas e na formação dos
glóbulos vermelhos. As carências desta vitamina manifestam-se com
sintomas como perda do apetite, modificações das mucosas, atraso no
crescimento, problemas musculares.Encontra-se nos cereais integrais, no
feijão, na banana e no fermento.
Vitamina B9 ou ácido fólico
É
essencial para o crescimento correcto e para o funcionamento óptimo do
sistema nervoso e dos ossos. As perturbações causadas por esta vitamina
são anemia, malformação dos glóbulos vermelhos. As necessidades desta
vitamina aumentam significativamente durante a postura.Pode encontrar-se
no gérmen de trigo, na soja, nas sementes de linhaça e nas hortaliças.
Vitamina B12 ou cianocobalamina
É
essencial para o crescimento, para a divisão celular e coagulação do
sangue. A sua deficiência é causadora de anemia, alterações neurológicas
graves e fadiga.Vitamina CÉ conhecida por combater as gripes, favorecer
a formação dos ossos , e também contribuir para absorção do ferro e
acelerar o processo de cicatrização. As frutas cítricas são a sua
principal fonte, mas também é possível encontrá-la no morango, kiwi,
couve-de-bruxelas, batata, caju, pimento e goiaba. A deficiência de
vitamina C pode causar fadiga, perda de apetite, e uma cicatrização
lenta. Em casos mais graves pode dar origem , entre outros sintomas,
enfraquecimento dos ossos. Vitamina D
Tem
como função promover a adequada absorção do cálcio e fósforo e
favorecer o crescimento. A deficiência deste nutriente provoca fraqueza e
tensão muscular. Vitamina EÉ conhecida pela sua acção benéfica
relativamente ao sistema reprodutor, assim como pelo bom funcionamento
do tecido muscular e um aumento da resistência às infecções. Os cereais
constituem a sua fonte, mas também pode ser encontrada na noz, avelã,
batata-doce, gérmen de trigo, aveia, abacate e óleos vegetais. A sua
carência leva a anemia, lesões nos nervos e fraqueza muscular.
Vitamina H ou biotina (também conhecida por B8)
Encontra-se
presente na composição de numerosas enzimas que intervêm no metabolismo
do carbono, em especial dos glícidos e dos lípidos. Algumas fontes
alimentares de vitamina H incluem levedura de cerveja, rebentos de soja,
cogumelos, verduras frescas.
Vitamina K
Tem
um papel importante no processo de coagulação do sangue, e em casos
graves a sua falta pode causar hemorragias. O conhecimento do teor da
vitamina K nos alimentos ainda se encontra pouco esclarecido, mas
podemos apontar como principais fontes os legumes verdes, espargos,
arroz integral, tomate e óleos vegetais.
Lavagem dos Canários para os Concursos
Técnica Para Lavar Pássaros
Permitir
um banho regular, durante todo o ano aos pássaros de gaiola e de
viveiros, é uma norma que deve cumprir um bom criador. Necessita-se de
fornecer condições para que todos os pássaros criados possam efectuar os
seus banhos diários, existem banheiras apropriadas, as quais devem ser
bem limpas e desinfectadas com soluções aquosas de sais quaternários de
amónio. Deve-se observar preventivamente a não utilização de substâncias
ADERENTES no líquido do banho, ou seja, substâncias que venham
juntar-se para favorecer a adesão às paredes, gaiolas etc; estes
ADERENTES são danosos aos pássaros porque cobrem a plumagem com uma
"película" e são irritantes aos olhos.
Os produtos contendo sais
quaternários de amónio devem ser utilizados nas dosagens indicadas pelos
produtores (normalmente 1 colher de café para 1 litro de água de banho:
para acção desinfectante e antimicótica usa-se 1 colher das de
sobremesa por litro de água e esta dosagem é contra-indicada para banho
ou limpeza dos pássaros.
Os pássaros gostam de banhar-se
diariamente também durante o Outono e o Inverno, em água tépida,
canários de cor e canários de todas as raças e todos os indígenas, a
maioria dos exóticos, se saudáveis e bem alojados aceitam muito bem o
banho diário ou em dias alternados. Entretanto, as raças delicadas,
algumas espécies de exóticos granívoros e insectívoros podem banhar-se
em intervalos mais longos, em ambientes secos, totalmente sem correntes
de ar, com água ligeiramente morna (sobretudo para os Giber Itálicos e o
Giboso Espanhol, que não tem penas em certas partes do corpo) nas
estações mais frias do ano. Para alguns pássaros, mesmo oferecendo-se
banheiras com água, há uma recusa de imergirem na água; isto é normal
para certas espécies como Melopsittacus undulatus que preferem que
esfreguem as penas contra verduras molhadas. Para estes últimos não
resta outra alternativa senão efectuar-se uma boa borrifação, sem
exageros, através de alguns borrifos que são adquiridos em floricultura;
dissolve-se uma colher das de café de sais quaternários de amónio para
cada litro de água.
É óbvio que a gaiola contendo os pássaros que
tomam banho (através da banheira ou da borrifação) deve ser bem limpa,
pois de outro modo a plumagem ficaria suja e isto é um facto negativo,
sobretudo para os pássaros que devem ir a concurso ou exposição. O fundo
da gaiola ou a bandeja deve ser coberto por papel limpo do tipo
absorvente e os arames devem ser bem zincados e esmaltados (a ferrugem
suja a plumagem). Os únicos períodos nos quais convém evitar a
borrifação são: durante o período de reprodução (a borrifação pode
espantar a fêmea que pode interromper o choco ou a alimentação dos
filhotes, ou descondicionar excessivamente os reprodutores, notoriamente
mais ansiosos e medrosos que podem, em casos extremos, parar o ciclo
reprodutivo devido ao descondicionamento hormonal; esta última situação é
mais frequente nas espécies silvestres ou ainda não bem adaptadas à
vida no estado de cativeiro) e durante o período da muda, pelo perigo de
resfriamento.
Banhos ou borrifações devem ser feitos sempre antes das 15 horas para evitar que os pássaros durmam molhados ou húmidos.
Como lavar os pássaros que serão expostos em concurso ou exposição:
A
lavagem das penas constitui um trabalho um tanto quanto delicado,
porque o corpo do pássaro é muito sensível a cada tipo de manuseio e, em
cada caso, não deve tê-los muito apertados na mão. Lembremo-nos que
sempre que pegamos um pássaro na mão, ele sofre um stress mais ou menos
sério. Portanto a “lavagem manual” é uma operação que se faz somente
para espécies ou raças mais domesticadas ou mais letárgicas (muitas
raças de canários de forma, postura e frisados habituados ao contacto
humano etc.); embora para os canários de cor e raças, sejam indígenas ou
exóticas, aconselha-se evitar a captura difícil e o trabalhoso banho a
mão; muito melhor oferecer-se a banheira ou borrifar-se.
Como se subdividem os canários de acordo com a plumagem:
CANÁRIOS que devem ter a PLUMAGEM ADERENTE.
CANÁRIOS que devem ter a PLUMAGEM VAPOROSA.
Esta
subdivisão, orientativa para os criadores, torna-se necessária para a
metodologia da “lavagem manual” a ser descritiva porque certos
ingredientes do banho favorecem ou a uma plumagem aderente e sedosa ou
uma plumagem fofa e luzente. Assim, por exemplo, um SCOTCH não pode ser
lavado com um ingrediente que favoreça a fofura nem, pelo contrário, um
NORWICH pode ser lavado com um ingrediente que torna a plumagem
aderente. O criador que pela primeira vez prepara a “lavagem manual” dos
próprios pássaros, deve antes praticar lavando outros pássaros que não
irão para o concurso ou exposição. Desta forma, se os primeiros
resultados da lavagem não forem satisfatórios (devido a eventuais erros
na “técnica do banho”) pode-se pesquisar as causas negativas que
provocaram o resultado negativo.
Lembrar-se sempre que um pássaro
lavado recentemente pode manchar facilmente a própria plumagem (daí a
necessidade de aloja-los em lugares bem limpos e com arames sem
ferrugem).
Preparos e utensílios:Quando
se prepara os pássaros que devem ser expostos, o criador não só deverá
preventivamente treinar-lhes a exibirem-se sem temor, mas como também
deverá certificar-se que a plumagem seja imaculada, sem penas sujas
especialmente em volta do pescoço e na cauda, partes da plumagem que se
sujam mais facilmente. Normalmente a “lavagem manual” é feita uma semana
antes do dia do concurso ou exposição. Para lavar os pássaros deve-se
preventivamente munir-se dos seguintes preparos:
· 3 ou 4 recipientes de ½ litro de água, mas o ideal seria em água corrente em fio e morna se possível;
· Um champô neutro para criança, tipo que não irrite os olhos (ex: “Johnson”);
· Uma garrafa de vinagre de maçã de boa qualidade;
· Um recipiente contendo glicerina;
·
Um pincel de barba de pêlos muito fofo (melhor dois pincéis) e uma
escova de dentes macia em forma de triângulo, para lavar a cabeça;
· Um recipiente contendo sabão neutro de boa qualidade;
· Papel toalha bem absorvente;
· Uma esponja natural, muito macia (não de plástico);
· Alguns cotonetes (dos utilizados para limpeza de ouvidos humanos).
· Além disso é necessário secar-se a plumagem e para tanto pode-se usar:
· Uma fonte de calor (observar para não haver alterações quanto a oxigenação);
Ou um local (diferente do de criação) bem quente, com temperatura acima de 23ºC.
Deve-se
ter PRECISÃO, PROTEÇÃO e DELICADEZA. Com estes “ingredientes”, uma boa
prática conferirá gradualmente aquela experiência que permitirá lavar,
em uma hora, uma dúzia de pássaros para concurso ou exposição.
Procedimento:·
Um local quente (bem fechado, para evitar qualquer perigo de corrente
de ar) pode conter um número elevado de pássaros molhados. É necessário
evitar-se uma secagem muito rápida, ou seja, um calor excessivo que
facilitaria uma plumagem desarrumada e anti estética que podem perdurar
por várias semanas: ao contrário, uma secagem muito lenta (gaiola muito
distante da fonte de calor) coloca em perigo o pássaro que, pela queda
de temperatura pode ser acometido de todas as complicações que se pode
facilmente imaginar.
· Os canhotos seguram o pássaro com a mão
direita; a maioria dos destros, seguram com a mão esquerda,
delicadamente, mantendo o polegar e o indicador em volta do pescoço,
sobre o ombro, no sentido de evitar que a cabeça possa sair, com
consequente fuga.
· No primeiro recipiente coloca-se água morna com
um pouco de champô; emerge-se o pincel de barba ou escova de dente e,
delicadamente, manejando o pássaro na mão, se esfrega toda a plumagem
sempre na direcção cabeça-cauda (ou seja, na direcção da pena e NUNCA ao
contrário). Pode-se também lavar em água morna e corrente, saindo
apenas um filete é mais rápido e higiénico. Com um bastonete, embebido
em água com champô, limpa-se a cabeça, face e pescoço do pássaro,
tendo-se cuidado para que a água não atinja o bico ou os olhos (mesmo um
baby-shampoo irrita os delicados olhos dos pássaros). Colocar bem a
cauda na água com champô e lavar, junto as asas mantidas abertas, com o
pincel de barba ou escova de dente macia.
· Primeiramente lava-se a
cabeça, a nuca, depois o dorso, os ombros, as asas (as asas são abertas e
colocadas entre o indicador e o polegar da mão esquerda ou da direita
quando se é canhoto e, com a outra mão, através do pincel de barbear,
lavam-se as asas, sobretudo nas extremidades onde há mais sujeiras), o
uropígio e a cauda. Depois, delicadamente, põe-se o pássaro com o ventre
para cima e, sempre seguindo a direcção da plumagem (cabeça-cauda), são
lavadas as partes inferiores, começando pela face, pescoço, peito,
abdómen, subcauda e a raiz da parte inferior da cauda. Porém, para os
exemplares mais irrequietos, deve-se lavar inicialmente o corpo,
deixando-se por último a cabeça; deste modo o pássaro ficará mais
tranquilo e não se debaterá durante a lavagem da cabeça. Nenhum pássaro
gosta de ser colocado de “barriga pra cima” e, sobretudo os mais
irrequietos, debatendo-se, podem fugir da mão; porém é possível
controlar-se seus movimentos colocando-se o polegar e o indicador
(formando um pequeno anel) entre a cabeça e o ombro, controlando o seu
fechamento para evitar a saída da cabeça.
Como lavar a cabeça e a poupa:
·
Nos exemplares com poupa (tipo ARLEQUIM, GLOSTER CORONA, CREST etc.)
arrumam-se delicadamente as penas, a partir do centro do poupa (“coroa”)
ajustando-as e, com a extremidade do bastonete embebido em água e
champô, esfregar na direcção da pena, estando muito atento para não
arrancar nenhuma pena durante a operação. A esta altura, passando-se
delicadamente um dedo da mão sobre a plumagem molhada, sempre em
direcção da cabeça-cauda, faz-se escorrer a maior quantidade de água e
champô. O pincel de barbear, em um recipiente contendo água pura
colocada à parte, é bem lavado e espremido; depois passa-se sobre sabão
neutro e depois é molhado; depois repassa-se sobre toda sobre toda a
plumagem do corpo do pássaro do mesmo modo já descrito. Se o pássaro não
estava muito sujo, a utilização de sabão neutro pode ser evitada.
O reenxaguo:
·
Após o ensaboamento deve-se fazer o reenxaguo do pássaro. Esta
operação é importante na lavagem com champô, porque cada traço de sabão
deve ser removido para se obter um perfeito resultado final. No segundo
recipiente, contendo água pura morna, imerge-se todo o corpo do pássaro
(obviamente com excepção da cabeça); abrem-se as asas e a cauda; através
da outra mão recolhe-se água pura e lava-se delicadamente o pássaro.
·
No terceiro recipiente é colocada água morna, na qual é adicionada: ou
uma colher das de café de GLICERINA; ou uma colher das de café de um
bom VINAGRE de maçã ou uva. A GLICERINA favorece a formação de uma
plumagem elástica, muito macia, sedosa, vaporosa e mais cheia e é,
assim, indicada para aqueles pássaros que devem exibir este tipo de
plumagem (ex: NORWICH, GLOSTER, FRISADOS etc). Pode-se juntar à
glicerina algumas gotas de limão que neutralizam traços de sabão. O
VINAGRE, ao contrário, favorece uma plumagem brilhante e aderente; de
tal modo é indicado para exemplares cujo standard prevê este tipo de
plumagem (ex: SCOTCH, BOSSU, HOSO, PERIQUITOS ONDULADOS, espécies
indígenas e exóticas de “tipo silvestre” etc.). Utiliza-se uma colher de
glicerina (com 20 gotas de limão) ou de vinagre para cada litro de
água.
· Antes de soltar o canário na gaiola de secagem enxugue-o bem
e depois deixe-o por alguns minutos enrolado na toalha para que esta
absorva alguma parte da água das penas
A Humidade no Canaril
Um dos principais factores dentro de um canaril é o seu nível de
humidade, este nível de humidade varia de canaril para canaril,
consoante a zona em que esta instalado e do seu próprio microclima.
O intervalo ideal que deve existir dentro do canaril em termos de humidade é de 50% a 70%, durante todo o ano se possível.
Pois se a humidade excessiva é prejudicial, também o ar demasiado seco tem alguns efeitos negativos.
Excesso de humidade:
- É no Inverno que verificamos o excesso de humidade que aliado ao tempo frio provoca vários problemas respiratórios.
-
É nessa altura que aves mais senciveis acabam por morrer- O ambiente
com mais humidade torna-se mais frio e se as Canárias estiverem em
postura, podem acontecer distúrbios de postura e ovos atravessado.
- Excesso de humidade deteriora mais facilmente os alimentos, aparecendo bolores e fungos
- Julgo ser um utensílio fundamental num canaril um desumidificador para que o nível de humidade se mantenha no intervalo ideal.
Humidade reduzida:
-
O ambiente demasiado seco no canaril em época de criação, pode-se
verificar uma dificuldade de eclosão dos ovos e morte embrionária, pelo
que é conveniente em ambientes demasiado secos 1 a 2 dias antes dos
nascimentos borrifar os ovos.
- Também na muda o ar demasiado seco,
não é ideal pois nascimento das novas penas requerem também alguma
humidade para se desenvolverem brilhantes e sedosas, o banho nesta
altura é fundamental para ajudar a ave nesta fase importante e sensível
da vida da ave.
- Quando tivermos uma humidade demasiado baixa se
possível utilizar um humidificador, pois na altura de calor mais
humidade refresca o ar.
Zé Fernandes
Juiz de Canários de Cor
Aumentar o tamanho das aves
Para algumas raças de canários é muito importante procurar aumentar o tamanho e melhorar a forma.
Muitos
criadores procuram através dos cruzamentos executar esta tarefa,
acasalando as aves mais corpulentas, mas o tamanho é uma característica
muito complexa pois depende de diversos factores:
1) Hereditariedade
2) Alimentação
3) Ambiente
4) Selecção
Hereditariedade
Diversos genes condicionam o tamanho das aves e de outros animais.
O
resultado de uma mistura de diversos genes reforça o tamanho -isto
explica o porquê da consanguinidade produzir nas aves uma redução do
número de genes diferentes, a favor de casais de genes idênticos e como
tal um efeito nefasto sobre o tamanho.
Esta consanguinidade é apenas
necessária nos nossos cruzamentos quando temos a finalidade de procurar
conservar e manter uma nova mutação.
Estas consequências são
imediatas pois obteremos aves mais pequenas com formas deficientes e
temos a necessidade de efectuarmos novos cruzamentos para conseguir um
tamanho normal e uma forma de acordo com as características raciais.
Inversamente,
o cruzamento entre aves de diferentes origens favorece uma maior
diversidade de genes e como tal um aumento do tamanho da ave.
Isto
significa na prática que o criador deve evitar os cruzamentos em
consanguinidade directa, procurando aves que tenham no seu património
genético genes diferentes ou seja, não pertencerem à mesma linhagem
familiar.
Alimentação
Deve ser muito rica e variada pois a carência de vitaminas e aminoácidos também provoca a diminuição do tamanho.
As proteínas desempenham uma função importante nos acasalamentos.
A Meteonina que contém zolfo melhorando a qualidade da plumagem.
As misturas de sementes adquiridas normalmente nas lojas comerciais são insuficientes pois não são equilibradas.
Os
grãos ou sementes frescas, germinado, fruta e as proteínas animais e a
papa de qualidade com um grau de proteínas nunca inferior a 16 ou 18%
são elementos indispensáveis para obtermos aves de boa qualidade
genética.
Ambiente
Uma boa higiene, alojamentos espaçosos e arejados são condições para nos permitir um bom desenvolvimento do tamanho das aves.
A
nossa experiência demonstra que a criação em espaços grandes
(voadeiras) torna as aves mais robustas, tendo um melhor desenvolvimento
do seu esqueleto em relação às aves criadas em gaiolas,
independentemente do tipo de alimentação.
As aves que fazem a muda em
espaços grandes, além de serem mais fortes e robustas, apresentam a
plumagem mais sedosa e brilhante.
Devemos proporcionar um banho diário, se possível com água corrente.
Outro pormenor importante é que as aves em comunidade adquirem efeitos estimulantes para uma alimentação plena.
As
baixas temperaturas no local de criação produzem nos canários um efeito
de aumento substancial de peso em virtude de procurarem assiduamente os
alimentos.
Outro factor muito importante é sem dúvida a alimentação
do espaço do canaril pois quanto maiores forem as horas de luz, ou
sejam, os dias maiores, as aves mais tempo dedicam à alimentação.
Selecção
A selecção rigorosa e criteriosa nas aves de maior tamanho tem um efeito positivo pois as fêmeas geralmente põem ovos maiores.
Um
ovo maior é mais rico em reservas proteicas dando origem às pequenas
aves nascerem mais fortes, resistentes e mais desenvolvidas.
Não nos
serve de nada aumentarmos as horas de luz no nosso canaril se não
proporcionarmos às nossas aves uma alimentação equilibrada e o espaço
não tenha as normas de higiene no mínimo aconselháveis.
Carlos Almeida LimaJuiz CNJ/ OMJ
OS DISTURBIOS DE COMPORTAMENTO NAS FÊMEAS
O sucesso da criação depende do bom comportamento das fêmeas.
Normalmente a fêmea colocada na presença do macho, faz o ninho, põe,
choca os ovos e alimenta os filhotes.O macho pode ajudar na construção
do ninho e participa na alimentação dos filhotes; a sua função torna-se
cada vez mais importante à medida que os filhos crescem. Os principais
problemas do comportamento concernentes às fêmeas são os seguintes:
- A fêmea não põe
- A fêmea destrói constantemente o ninho
- A fêmea põe fora do ninho
- A fêmea põe sem parar
- A fêmea põe, mas não incuba
- A fêmea pica os ovos
- Os filhotes são atirados para fora do ninho
- Os filhotes são pouco ou mal nutridos
- A fêmea pica os filhotes
Analisemos os diferentes casos.
A FÊMEA NÃO PÕENormalmente
a postura é desencadeada pela visão do ninho; ela é favorecida pela
presença do macho. Na ausência de ninho, a presença dum recipiente
côncavo pode incitar a fêmea a por; até pode pôr num comedouro.Mas é
necessário que a fêmea esteja pronta para pôr, mesmo que o seu ovário
contenha os futuros óvulos. Isto supõe que a temperatura e a luz tenham
variado normalmente como aquelas produzidas na Primavera. Muita luz e
sem muito calor ou o inverso, muito calor e pouca luz, provocam uma
alteração do ciclo sexual, que é frequentemente acompanhada por uma muda
parcial. Se a fêmea não põe, malgrado a presença do ninho e do macho,
pode-se mudar o macho e trocá-lo por outro mais ardente, mais viril. Se o
comportamento da fêmea não muda, é necessário troca-la por uma outra.A
melhor fêmea é uma de dois anos, cujo comportamento terá sido testado no
ano anterior. Uma fêmea muito velha pode estar inapta à postura:
torna-se estéril.
A FÊMEA DESTRÓI O NINHO CONSTANTEMENTEA
maioria das fêmeas constrói metodicamente o ninho: empregam materiais
grosseiros, depois materiais finos para o acabamento. Algumas começam a
construção do ninho sem contudo acabar: elas confundem frequentemente os
materiais e finalmente o primeiro ovo é posto num ninho inacabado e
muito mal feito. Geralmente este comportamento é hereditário. Ele
persiste de ano a ano. A fêmea não sabe fazer o ninho, porque nasceu,
geralmente, num ninho mal feito.O criador deve intervir para terminar o
ninho ou oferecer à fêmea um ninho completamente feito. No caso dum
ninho de canários, pode-se colocar um ninho de fibras de coco comprado
no comércio. Aos exóticos pode-se oferecer um ninho bola, em vime, no
interior do qual se cola um revestimento macio, que o pássaro não poderá
arrancar. Geralmente o criador contenta-se em terminar o ninho,
colocando um suplemento de materiais e construindo uma cavidade para os
ovos. Ele pode obter esta cavidade, fazendo rodar uma maçã no ninho, ou
moldando com sua mão. Como no curso de criação, o ninho se suja, ele não
pode hesitar em mudar o revestimento no momento em que ele se torne
muito sujo. Os filhotes têm necessidade de asseio e esta limpeza agirá
sobre o comportamento de adulto. Isto é sobretudo necessário quando o
número de filhotes é importante. Isto é indispensável no momento em que
os filhotes defecam sobre as paredes do ninho e quando os pais penetram
no ninho para alimentá-los.
A FÊMEA PÕE FORA DO NINHOSucede
que uma jovem fêmea põe fora do ninho, seja sobre o fundo da gaiola,
seja num comedouro. Ela não compreendeu a função do ninho que o criador
lhe ofereceu, e não o adoptou.O mais simples é colocar o ovo no ninho
onde ele deveria ser posto; faz-se o mesmo para o segundo ovo, e assim
por diante até a obtenção duma postura normal. Se a postura se faz num
comedouro, tira-se o comedouro à noitinha, uma vez que a postura tem
geralmente lugar ao nascer do dia. Para seduzir a fêmea no ninho,
pode-se aí colocar um ovo claro (dum outro casal) ou um ovo falso.
Quando se trata dum ninho caixa, junta-se materiais que se deixam passar
pela abertura; esses materiais excitarão a curiosidade da fêmea, que
visitará então o ninho.É possível que a fêmea não ponha no ninho, porque
está infestado pelos piolhos ou porque não é suficientemente próprio. O
asseio é necessário e é preciso então mudar ao menos o revestimento do
ninho, entre duas ninhadas.
A FÊMEA PÕE SEM PARAREncontra-se
no ninho um número de ovos anormal. No caso de uma espécie onde o macho
e a fêmea são parecidos, é possível que o casal compreenda duas fêmeas.
É necessário sexar atentamente os pássaros.Mas num casal normal, a
fêmea pode pôr numerosos ovos. Geralmente são ovos claros e isto ocorre
porque quando uma primeira postura era feita de ovos claros, a fêmea
continuava a pôr.Uma observação atenta do número de ovos teria permitido
ao criador ver que não se trata duma só postura, mas de duas sucessivas
separadas por 5 a 6 dias. Algumas fêmeas são capazes desde o 5º dia de
reconhecer se um ovo está claro ou não; neste momento elas podem
abandonar o ninho ou pôr de novo. Uma perturbação do comportamento pode
explicar uma postura abundante e contínua. A fêmea é vitima dum
desarranjo endócrino. Normalmente quando a postura atingiu a cifra
própria à espécie (5a 6 ovos no máximo), uma inibição se produz e isto
bloqueia a produção de óvulos pelo ovário. Em alguns pássaros mais
sensíveis que outros, o bloqueio tem lugar mais cedo e a fêmea põe menos
ovos. A postura torna-se contínua quando o bloqueio não tem lugar. É
necessário tirar a fêmea e trocá-la por uma outra. Esta perturbação
desaparece geralmente quando a fêmea é colocada em viveiro não contendo
qualquer ninho, sobretudo na ausência de machos. Pode também atenuar-se
pouco a pouco: a fêmea podendo pôr ainda alguns ovos num comedouro,
antes de se tirar definitivamente.
A FÊMEA PÕE MAS NÃO INCUBAEsta
perturbação pode ter várias causas: O desenvolvimento é desfavorável:
há muito barulho ou a fêmea está inquieta. Pode ser suficiente mudar o
lugar do ninho ou aquele da gaiola: a primeira ninhada estará perdida,
mas uma segunda será levada a termo. A fêmea não choca porque os ovos
estão claros, e isto porque ela não foi coberta pelo macho. É necessário
tirar os ovos e aguardar uma segunda postura. Se a fêmea não choca, é
preciso mudar o macho. O melhor macho é aquele que não somente cobre
frequentemente a fêmea, mas também que a ajuda a ir para o ninho. Alguns
machos chocam tanto e mesmo mais que a fêmea, mas o mais frequente e
necessário é que a fêmea comece a chocar.
A FÊMEA PICA OS OVOSAcontece
quando os pássaros comem os ovos. O criador que constata a presença dum
ovo e não o vê no dia seguinte ou quando o número de ovos diminui.
Frequentemente não fica nenhum traço do ovo desaparecido: ele foi
comido. Um pássaro pode muito bem comer um ovo. Ás vezes um filhote
eclode e não se acha a casca: ela comeu-a, e isto evita que ela atraia a
atenção dum predador, o que pode ter lugar quando a casca vazia é
lançada fora do ninho. Sabe-se assim quando os pássaros de gaiola podem
consumir os fragmentos de cascas; esses fragmentos dados pelo criador
são uma fonte de cálcio. Por prudência, ele vai dar o melhor, (por ex.
ostras trituradas ou fragmentos de cascas de ovos...)É normal que um ovo
seja comido depois de ter sido posto. Geralmente, o criador acusa o
macho. Pensa-se que o macho viu no ovo um corpo estranho que ele quer
tirar do ninho; o ovo é quebrado e comido. Isto é possível, mas a fêmea
pode comer os ovos. É o que tenho constatado com um casal de mandarins.
Para saber se comia o ovo, coloquei sobre a casca um produto utilizado
para impedir as crianças de roer as unhas. Um primeiro ovo desapareceu
sem problema aparente nos pássaros. Porém após o desaparecimento dum
segundo ovo, a fêmea foi gravemente intoxicada, enquanto que o macho
ficou normal. A mãe era, pois, culpada. É preciso, então, no momento em
que os ovos desaparecerem depois de terem sido postos, tirar a fêmea e
trocá-la por uma outra.
OS FILHOTES SÃO LANÇADOS PARA FORA DO NINHOAcontece
quando os filhotes são encontrados fora do ninho, sobre o fundo da
gaiola.Frequentemente apresentam feridas provocadas por cortes de
bico.No momento em que o criador se apercebe, rapidamente deve colocar
os filhotes no ninho. Podem cair acidentalmente ou ser assassinados
pelas patas da fêmea, quando abandona muito brutalmente o ninho. É
necessário então evitar assustar a fêmea que choca, e cuidar para que o
ninho seja suficientemente profundo. Mas é possível que os filhotes
tenham sido lançados para fora do ninho por um dos pais. Pouco depois da
eclosão, o principal culpado é o macho; ele não reconhece no filhote o
produto dum ovo, e lança-o para fora numa preocupação de propriedade, ou
de defesa do ninho. Neste caso, é preciso tirar o macho, esperando-se
que todos os filhotes tenham eclodido e chegado a ser bastante grandes.
No Diamante Gould, mais sujeito ao stress, o macho pode reagir a uma
perturbação (barulho, visitante estranho...), lançando os filhotes pouco
depois. No momento em que os filhotes estão emplumados e prontos para
sair do ninho, podem ser lançados pela fêmea desejosa de limpar o ninho
para tornar a pôr. Algumas fêmeas tornam a pôr num ninho ocupado, mas
outras expulsam os filhotes a golpes de bico. O sangue pode ocasionar a
picagem: os filhotes se estiverem ainda depenados podem morrer.
OS FILHOTES SÃO POUCO OU MAL ALIMENTADOSO
crescimento dos filhotes é programado; se ele é retardado, os pais
podem abandoná-los. Na natureza um retardamento no crescimento
corresponde a uma doença ou ainda afecta o último nascido; esses
pássaros estão condenados; eles não darão jamais um adulto robusto; os
pais têm pressa de fazer uma nova ninhada, e cessam de alimentar os
atrasados. Este comportamento permite a selecção natural indispensável à
sobrevivência da espécie.Na criação, o atraso de crescimento tem as
mesmas causas, mas o abandono é menos brutal. Um pássaro cego será
alimentado tanto quanto será capaz de pedir com insistência sua
alimentação: cessará de o ser quando não virar mais o bico do lado
certo. Os filhotes debilitados por uma doença (frequentemente
colibacilose) serão cada vez menos alimentados visto que eles terão cada
vez menos força para pedir, levantar a cabeça e abrir o bico. No que
concerne aos filhotes de crescimento mais lento numa ninhada, trata-se
de mutantes, ou de últimos nascidos. Para salvá-los, o criador
confiá-los-á a outros pais, que tenham filhotes no mesmo tamanho. Para
que todos os filhotes duma ninhada sejam salvos é necessário que a
ninhada fique homogénea, isto quer dizer que todos os filhotes cresçam
regularmente.Pode-se activar o crescimento dos filhotes, dando-lhes uma
pasta enriquecida em vitaminas. No início do crescimento, os protídios
devem representar perto de 25% da ração; a seguir sua taxa deve diminuir
regularmente em benefício dos glucídios (amidos dos grãos). Na
natureza, os pássaros aí compreendidos, os granívoros, fornecem aos
recém-nascidos uma alimentação muito rica à base de insectos e de pólen,
bem como filhotes de larvas e grãos germinados. Por conseguinte, eles
dão mais grãos de amoras. Se é necessário, em caso de doença, utilizar
um antibiótico, ele deve ser associado a uma mistura vitaminada e de
grãos germinados. Um antibiótico pode provocar uma carência em vitaminas
e retardar o crescimento.
A FÊMEA PICA OS FILHOTESDissemos
que a fêmea desejosa de pôr pode expulsar os filhotes para fora do
ninho e picá-los para arrancar-lhes as penas. Esta hostilidade cessa no
momento em que os filhotes deixam o ninho, salvo se o sangue correu. No
último caso, a visão do sangue tem um efeito agressivo: ele estimula a
picagem. É necessário isolar o filhote, tirar a pena que sangra e
colocar um pó bactericida sobre a ferida. Filhotes machos podem ser
igualmente picados pelo pai que o deseja expulsar. Se os filhotes devem
ser deixados na presença dos pais, é necessário dispor duma gaiola
suficientemente grande ou colocar uma separação através da qual os pais
poderão alimentar os filhotes. Quando uma gaiola é muito pequena, os
pais têm tendência a picar os filhotes. Pode-se também evitar isto,
colocando os pais e os filhotes que deixaram o ninho numa outra gaiola,
onde não haverá ninho.
CONCLUSÃOOs
distúrbios de comportamento não são raros numa criação. Isto vem do
fato de que se está longe das condições naturais bem como em matéria de
ambiente, quer de material ou de alimentação. Cuidados de atenção e a
experiência permitem evitá-los ou tratá-los. A maior parte dessas
perturbações não são hereditárias e não duram de ano a ano. O criador
deve ter interesse em possuir muitas fêmeas e vários machos de reserva;
mudam o macho ou a fêmea sendo este o meio mais eficaz para pôr fim a
uma distúrbio de comportamento que torna um casal improdutivo.
Fonte:
www.coantua.com
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