Terrível doença micótica, originada por fungos que se formam pela
excessiva humidade ambiente, deteriorando as papas humedecidas, as
sementes e outros alimentos das aves de cativeiro.
Esta doença
caracteriza-se pela falta de enzimas ácidas no Proventriculo, originando
a sua inflamação, sendo então visível o famoso "pontinho negro" do
tamanho de uma cabeça de alfinete, sobre a região do fígado.
As
aves preparam no papo uma papa especial onde produzem as tais enzimas
ácidas necessárias à sobrevivência dos seus filhotes, e na ausência
desta "paparoca", o filhote piora. Daí, quando damos a "palitada"
devemos adicionar um Probiótico à papa de cria, fornecendo desta forma
também aquilo que o Proventriculo irá produzir; as enzimas necessárias a
uma boa digestão das proteínas.
A Proventriculite é causada por
uma megabactéria ou um microrganismo, esta doença poderá estar
condicionada pela Micoplasmose, que diminui as resistências das aves,
abrindo caminho para a proliferação da suposta megabactéria.
A Micoplasmose abre caminho para um indeterminado número de doenças, entre as quais a Coccidiose e a Salmonelose.
Existem
no mercado alguns medicamentos para tratamento de candidioses e outros
fungos gastro – micóticos tais como Fungilin, Fungisone e Panfungol, que
todos devemos possuir em stock para prevenção da doença.
MANIFESTAÇÃO DA DOENÇA:
Estado
de magreza das aves face à ausência de enzimas ácidas (pH neutro),
inibindo a actividade da pepsina, enzima gástrica responsável pela
digeribilidade das proteínas.
A maior causa de morte nos ninhos é por
causas fúngicas e não pela Colibacilose, que actualmente é de mais
fácil prevenção e tratamento.
Os filhotes apresentam o papo constantemente vazio, pois a mãe recusa-se a dar-lhes de comer, sabendo que estes estão doentes;
Face à desidratação provocada por uma forte diarreia, a pele dos filhotes fica seca e progressivamente gretada;
Observa-se uma inflamação intestinal aguda, permitindo constatar através da pele do abdómen o proventriculo e a moela dilatados;
Os intestinos adquirem uma coloração escura e os dejectos são verdosos e mal cheirosos.
Poderemos
também observar nos filhotes afectados, que quando estão esticados a
pedir alimento, observa-se um movimento pendular rítmico que indica que o
sistema nervoso central também está afectado;
No estado agudo,
afecta o baço, tornando-se visível o clássico "pontinho negro",
inflama-se o fígado, a cloaca fica obstruída e os filhotes morrem
podendo presenciar-se em pouco tempo um cheiro intenso de odor
putrefacto;
Geralmente as aves adultas morrem uns dias depois de se manifestar a doença;
Perda progressiva de peso e peito em quilha (faca);
Embolamento e diarreia com dejecções abundantes serosas e mucosas;
Inflamação proventricular e intestinal;
Respiração ofegante e aumento ostensivo do abdómen;
Descoordenação funcional, movimentos anormais e irregulares da cabeça;
Movimentos
descoordenados e prisão muscular das patas, sintomas estes que
constatam que esta enfermidade também afecta o sistema nervoso central.
PREVENÇÃO:
Usar sempre e somente uma boa mistura de sementes e papas frescas;
As
sementes devem estar sempre limpas e isentas de pó, além de ser
necessário evitar as sementes gordas (Colza, Nabo, Cânhamo, Niger);
Evitar que as aves comam sementes do fundo das gaiolas;
Evitar
que as sementes e papas estejam guardados em ambientes húmidos e/ou
muito quentes, pois favorece o desenvolvimento dos gérmens;
Cuidado
com as sementes germinadas, sobretudo em climas muito quentes e húmidos,
pois desenvolvem muitas toxinas e fungos patogénicos, que devem ser
erradicados por anti-fúngicos - Fungilin, Fungisone e Panfungol.
Utilização de protectores hepáticos;
Utilização assídua de Probióticos com propriedades anti-fúngicas e anti-bacterianas;
"iniciar um tratamento aos reprodutores com panfungol e com uma dose de micostatin 3 dias antes de nascer e 3 dias depois da eclosão."
domingo, 23 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Tecnica para lavar cánarios
Os criadores de canários que apostam seriamente nas exposições de maior prestígio
preparam as suas aves com grande antecedência e para isso utilizam o banho nos seus canários com alguma perícia e técnica, utilizando produtos inovadores para tornarem as suas aves mais atraentes na altura dos julgamentos.
Cada vez mais descobrimos novos produtos, pondo de parte o tradicional champô
Johnson para bebés, pois muito embora tenha efeitos positivos, não produz o brilho
desejado e, ao mesmo tempo, não evita a acumulação de pó na plumagem aquando do transporte para o local do evento.
Como entendo que este fórum serve para elucidar os criadores com a única intenção de contribuir para o melhorar do aspecto exterior das nossas aves, eis a fórmula utilizada pelos campeões de Brancos recessivos e não só:
1- Dez dias antes da exposição procede-se à lavagem dos canários que vão a concurso;
2- Preparar 3 recipientes com água tépida ;
3- No 1º recipiente juntar a 1 litro de água o produto ou produtos indicados na alínea b)do nº 6 ;
4- Com um pincel de barba lavar os canários ;
5- No 2º recipiente juntar a 1 litro de água 5 a 10 ml de vinagre de maçã (produto
Johnson para bebés, pois muito embora tenha efeitos positivos, não produz o brilho
desejado e, ao mesmo tempo, não evita a acumulação de pó na plumagem aquando do transporte para o local do evento.
Como entendo que este fórum serve para elucidar os criadores com a única intenção de contribuir para o melhorar do aspecto exterior das nossas aves, eis a fórmula utilizada pelos campeões de Brancos recessivos e não só:
1- Dez dias antes da exposição procede-se à lavagem dos canários que vão a concurso;
2- Preparar 3 recipientes com água tépida ;
3- No 1º recipiente juntar a 1 litro de água o produto ou produtos indicados na alínea b)do nº 6 ;
4- Com um pincel de barba lavar os canários ;
5- No 2º recipiente juntar a 1 litro de água 5 a 10 ml de vinagre de maçã (produto
biológico)
para eliminar os resíduos da lavagem com o produto referenciado no
ponto nº3 (o vinagre de maçã tem que ser aquele que no rótulo tem as
maçãs inteiras) ;
6- O 3º recipiente, ou seja a nossa terceira lavagem em 1 litro de água tépida, duas
medidas de glicerina para dar o brilho e a luminosidade às penas do canário e realçar a cor.
Nota importante:
a) Colocar as aves a uma temperatura entre 26º e 30º (processo de secagem)
b) Este processo volta a ser efectuado na véspera da entrega das aves na exposição.
Produtos a utilizar:
-Super White (pó branco)
-Briljant (shampoo)
Boa sorte para os futuros campeões, pois, desta forma, estão em pé de igualdade com os maiores em termos de brancura e brilho.
Nota importante:
a) Colocar as aves a uma temperatura entre 26º e 30º (processo de secagem)
b) Este processo volta a ser efectuado na véspera da entrega das aves na exposição.
Produtos a utilizar:
-Super White (pó branco)
-Briljant (shampoo)
Boa sorte para os futuros campeões, pois, desta forma, estão em pé de igualdade com os maiores em termos de brancura e brilho.
Fonte: Carlos Lima _ Juiz internacional CNJ-OM
Problemas respiratórios nos canários
Os problemas respiratórios nos
canários são comuns, normalmente os sintomas mais visíveis são o
contínuo abrir e fechar do bico, para além de algumas vezes tentarem
expulsar algo da cavidade oral.
Podem ser vários factores os que provocam estes problemas.
Problemas de obesidade, problemas derivados a ácaros, ou doenças.
No primeiro caso dos problemas respiratórios derivados da obesidade já foi falado em tópicos anteriores.
Quando me surge algum canário sem que
esteja obeso mas que tenha dificuldades respiratórios, o que faço é
aplicar duas gotas de ivermectina, se passados dois dias os problemas
continuam, é porque não se trata de ácaros na traqueia, e então recorro
ao uso de antibióticos. (Ter muito cuidado a varrer o chão dos canaris
para não levantar muito pó, o ideal mesmo será aspirar)
O antibiótico que uso é a doxyciclina, na
minha opinião dos melhores antibióticos para os canários, tendo
uma eficácia muito boa para a maior parte de doenças
tanto respiratórias como intestinais nos canários.
O tratamento nunca será menos de uma
semana, e para além disso o pó deve ser fornecido em água pouco
mineralizada para uma melhor assimilação.Fonte: avesabrigada
Fungos : Mycostatin
Tenho uma ave deste ano
que desde o inicio da muda da pena andou sempre embolado, com aparente
anemia (nota-se pela palidez de patas e bicos), com os intestinos
inflamados, mas apresentava fezes normais, outro sintoma é de descascar
mal as sementes e estragar muita comida.
Apliquei-lhe uma série de tratamentos,
desde probióticos, antibióticos dos quais sulfas, trimetoprim,
tetraciclinas, usei até o ESB3. Como à partida seria uma ave perdida,
fiz todo este tipo de experiências, tendo em conta que não mandei
analisar as fezes. Nunca melhorou com estes tratamentos.
Tinha cá “Mycostatin”, sim o medicamento
usado para as aftas, e comecei-lhe a dar. Tratamento esse no mínimo de
15 dias, e finalmente vejo melhorias na ave.
Em principio o problema da ave poderá ou poderia ser fungos, o “Mycostatin” actua como anti-fungico.
Quanto às dosagens, coloquei 6-8gotas num
bebedouro de 50cc, volto a frisar que o tratamento tem de ser pelo
menos 15 dias ou mais, seguido de vitaminas do complexo B e algum
probiótico.
As aves podem apanhar fungos nas papas,
germinados, bebedouros, etc. É muitas vezes o inicio de todos os
problemas de doenças nas aves, que depois são afectadas pelas doenças
oportunistas.
Outro medicamento que se usa para combate
aos fungos é o “Flagyl”, que em Portugal só se encontra disponível em
comprimidos, este medicamento é muito usado também na aquariofilia para o
combate de fungos.
Tenho conhecimento de alguns criadores que todos os anos fazem um destes tratamentos a todos os canários.
Fonte: avesabrigada
OS 5 PILARES DA SAÚDE DAS AVES
Estas são as medidas a pôr em prática para conseguir uma boa saúde, sobretudo em cativeiro, das aves qualquer que seja a sua espécie.
Higiene / Vitaminas – Aminoácidos Sais minerais – Oligoelementos / Flora intestinal /Fígado / Estimulantes imunitários
1 / A HIGIENE :
- A higiene concebe-se na prática quotidiana. Trata-se tanto da qualidade da instalação (ventilação, orientação, humidade, temperatura, etc....) como da qualidade da alimentação (mofos, poeiras, contaminações tóxicas) , sem esquecer a qualidade da água. Passa também pelas medidas de higiene pessoais : não manipulamos uma ave sã após ter manipulado uma doente ou um cadáver sem ter- mos entretanto desinfectado as mãos.
A vigilância é também um factor essencial na gestão sanitária de uma criação. A higiene passa também pelo respeito de um protocolo de desinfecção sério. Pelo menos uma vez por ano, devemos desinfectar os locais e a totalidade do material seguindo um modo operativo muito preciso. Esta medida pode esperar até ao último momento : precisamente antes do início da preparação da reprodução (4 a 5 semanas antes do inicio presumido das posturas). A quarentena finalmente pelo seu lado é um factor essencial na protecção da saúde da criação. É o isolamento o mais completo possível dos recém-chegados potencialmente portadores sãos das doenças. A primeira urgência é a utilização de um insecticida contra os piolhos, que são os vectores reconhecidos de doenças como a lankesterellose e de outros vírus muito provavelmente na origem de infecções primárias responsáveis de um número, muito mais importante de doenças bacterianas e parasitárias secundárias. Empenhamo-nos depois a tratar as consequências sem conseguir resolver a origem do problema.
No final da quarentena será a ocasião para efectuar uma verdadeira limpeza das novas aves, se possível em função do resultado de uma análise ou de um antibiograma. - NB : Só poderá ser considerada como limpeza a realização de uma desinfecção completa dos locais de criação durante uma cura com um medicamento que actue com eficácia contra o micróbio a erradicar. A dissociação da desinfecção e do tratamento deixará persistir o micróbio na criação. E será só uma questão de tempo para que este último provoque de novo mortalidades.
2 / AS VITAMINAS, aminoácidos, minerais e oligoelementos :
A alimentação das aves captivas nunca será tão completa como a das silvestres. Apesar dos alimentos do comércio permitirem evitar as carências que provocam as doenças, as deficiências são inevitáveis. Os contributos insuficientes em nutrimentos são responsáveis pelas falhas imunitárias e pelas baixas performances de criação em termos no número de juvenis criados e da sua qualidade (tamanho e plumagem em particular). Uma carência é uma falta com consequências patológicas visíveis : uma doença. A deficiência é em si própria invisível, mas penaliza seriamente as aves em termos de performance de reprodução e beleza. Os alimentos pré-fabricados não podem conter todos os princípios activos necessários ao melhor estado de forma das aves em cativeiro por duas razões simples. O custo e a conservação.
Com efeito se por um lado é impossível aumentar o conteúdo das se- mentes em vitaminas e outros nutrientes, o aumento de preço de uma papa que os contenha na quantidade necessária, seria tal que os seus fabricantes não seriam mais competitivos e não os conseguiriam vender.
Mesmo quando fizessem esse esforço a conservação das papas passaria inevitavelmente pelo frigorífico, o que é tecnicamente inconcebível na maioria das criações. Não recordamos aqui as virtudes das diferentes vitaminas, mas sublinhamos que um complexo vitamínico que é simultaneamente completo, com cada componente igual- mente concentrado, e o que se torna de facto o mais económico.
3 / OS RECONSTITUINTES DA FLORA INTESTINAL :
A flora intestinal é também chamada «flora barreira ». É por isso que os fermentos lácticos probióticos constituem o principal pilar da saúde das aves. É esta a primeira defesa quase « imunitária » da ave. Necessária ao longo de todo o ano para a resistência às doenças, a sua natureza é também indispensável no momento dos nascimentos, do desmame e dos tratamentos antibióticos. As bactérias intestinais ditas « saprófitas » são benéficas para a digestão e assimilação, e portanto para a saúde em geral. Os tratamentos antibióticos degradam-nas. É portanto primordial reconstitui-las após uma ntibioterapia e reforçá-las seriamente desde a nascença até ao fim do crescimento dos juvenis.
À nascença as crias não dispõem de uma flora intestinal eficaz e são os seus pais que, ao alimentá-los a cultivam no intestino da cria. Reforçar esta cultura favorecerá portanto a imunidade e o crescimento dos juvenis. No desmame a ave alimenta-se com dificuldade e digere mal, o que a fatiga e diminui portanto a sua resistência imunitária. Aproveitando esta fase crítica os germes oportunistas e os parasitas tornam-se mais facilmente patogénicos. Portanto tudo o que favorecer a digestão, a imunidade e a eficácia nutricional favorecerá o desmame, o crescimento e a muda que se anuncia. Recomendamos portanto uma mistura de fermentos lácticos probióticos de última geração.
4 / A SAÚDE HEPÁTICA
O fígado é a grande fábrica metabólica do organismo e o seu estado condiciona directamente a saúde da ave. Os medicamentos e os colorantes mesmo alimentares, continuam a ser os produtos químicos que mais fatigam o fígado. No período da coloração e após a utilização de um antibiótico será portanto fundamental efectuar uma cura hepato-protectora depurativa. Do mesmo modo as papas de criação dos juvenis são demasiado ricas para os adultos. Estas fatigam o seu fígado e engordam-nos, o que pode penalizar as suas qualidades para alimentar as crias, tal como o sucesso da postura seguinte. É portanto recomendável efectuar também, entre duas posturas, uma cura para aliviar o fígado. Por fim a qualidade da plumagem está directamente ligada à saúde he- pática. Não há belas plumagens sem um fígado saudável. O contributo destes complementos será também benéfico durante o desmame e a muda para melhorar a assimilação, o crescimento, a coloração e a qualidade da plumagem. Todos os produtos para o fígado são protectores ou depurativos, mas de modo mais ou menos importante.
5 / A ESTIMULAÇÃO DA IMUNIDADE
É evidente que para evitar as doenças é necessário reforçar a resistência imunitária das aves, e isto muito particularmente no momento dos nascimentos e do desmame, que são as duas fases mais críticas da vida das aves. A imunidade e a resistência às enfermidades não se « fabricam » no último momento com alguns dias de vitaminas.
Estes são os meios de que dispomos : vitamina C, geleia real, extractos vegetais (equinácia e eupatório) e medicamentos homeopáticos. Para a manutenção durante o ano e para o desmame preconizamos o extracto vegetal concentrado . Por outro lado no momento dos nascimentos o pó de geleia real liofiliza revelar- se-á tremendamente eficaz. O seu único defeito, como todas as geleias reais : o seu preço. A utilizar sobretudo na primeira quinzena de vida. Em conclusão as novas mutações são dada vez mais frequentes, E quem diz mutação diz« fragilidade ».
A utilização não razoável dos antibióticos, particularmente como prevenção, favorece os fenómenos de resistência e portanto reforçam os germes. Os micróbios são cada vez mais numerosos, potentes e resistentes. Cada vez mais novas, e mal identificadas, doenças emergem. Consequentemente as aves das criações actuais são globalmente mais frágeis e são cada vez mais expostas a micróbios mais perigoso. Em tal contexto, o recurso aos complementos nutricionais é cada vez mais indispensável para assegurar sadiamente o sucesso da criação. Higiene, prevenção e vigilância são necessários para melhorar a robustez natural do vosso plantel, assim como as suas performances de beleza e reprodução. É necessário trabalhar para tentar diminuir o mais possível o uso de medicamentos. Com os 5 pilares da saúde terá o essencial, tudo o resto será a optimização. Apesar de o esmero do criador poder fazer toda diferença após atingir o topo de um bom nível, a prioridade deve permanecer na base. Antes de procurar melhorar seja o que fôr, deve começar por assegurar a boa gestão dos pilares da saúde.
Fonte: Ornipharma
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Distúrbios de comportamento na criação
Analisemos os diferentes casos.
A FÊMEA NÃO PÕE
Normalmente a postura é desencadeada pela visão do ninho; ela é favorecida pela presença do macho. Na ausência de ninho, a presença dum recipiente côncavo pode incitar a fêmea a por; até pode pôr num comedouro.Mas é necessário que a fêmea esteja pronta para pôr, mesmo que o seu ovário contenha os futuros óvulos. Isto supõe que a temperatura e a luz tenham variado normalmente como aquelas produzidas na Primavera. Muita luz e sem muito calor ou o inverso, muito calor e pouca luz, provocam uma alteração do ciclo sexual, que é frequentemente acompanhada por uma muda parcial. Se a fêmea não põe, malgrado a presença do ninho e do macho, pode-se mudar o macho e trocá-lo por outro mais ardente, mais viril. Se o comportamento da fêmea não muda, é necessário troca-la por uma outra.A melhor fêmea é uma de dois anos, cujo comportamento terá sido testado no ano anterior. Uma fêmea muito velha pode estar inapta à postura: torna-se estéril.
A FÊMEA DESTRÓI O NINHO CONSTANTEMENTE
A maioria das fêmeas constrói metodicamente o ninho: empregam materiais grosseiros, depois materiais finos para o acabamento. Algumas começam a construção do ninho sem contudo acabar: elas confundem frequentemente os materiais e finalmente o primeiro ovo é posto num ninho inacabado e muito mal feito. Geralmente este comportamento é hereditário. Ele persiste de ano a ano. A fêmea não sabe fazer o ninho, porque nasceu, geralmente, num ninho mal feito.O criador deve intervir para terminar o ninho ou oferecer à fêmea um ninho completamente feito. No caso dum ninho de canários, pode-se colocar um ninho de fibras de coco comprado no comércio. Aos exóticos pode-se oferecer um ninho bola, em vime, no interior do qual se cola um revestimento macio, que o pássaro não poderá arrancar. Geralmente o criador contenta-se em terminar o ninho, colocando um suplemento de materiais e construindo uma cavidade para os ovos. Ele pode obter esta cavidade, fazendo rodar uma maçã no ninho, ou moldando com sua mão. Como no curso de criação, o ninho se suja, ele não pode hesitar em mudar o revestimento no momento em que ele se torne muito sujo. Os filhotes têm necessidade de asseio e esta limpeza agirá sobre o comportamento de adulto. Isto é sobretudo necessário quando o número de filhotes é importante. Isto é indispensável no momento em que os filhotes defecam sobre as paredes do ninho e quando os pais penetram no ninho para alimentá-los.
A FÊMEA PÕE FORA DO NINHO
Sucede que uma jovem fêmea põe fora do ninho, seja sobre o fundo da gaiola, seja num comedouro. Ela não compreendeu a função do ninho que o criador lhe ofereceu, e não o adoptou.O mais simples é colocar o ovo no ninho onde ele deveria ser posto; faz-se o mesmo para o segundo ovo, e assim por diante até a obtenção duma postura normal. Se a postura se faz num comedouro, tira-se o comedouro à noitinha, uma vez que a postura tem geralmente lugar ao nascer do dia. Para seduzir a fêmea no ninho, pode-se aí colocar um ovo claro (dum outro casal) ou um ovo falso. Quando se trata dum ninho caixa, junta-se materiais que se deixam passar pela abertura; esses materiais excitarão a curiosidade da fêmea, que visitará então o ninho.É possível que a fêmea não ponha no ninho, porque está infestado pelos piolhos ou porque não é suficientemente próprio. O asseio é necessário e é preciso então mudar ao menos o revestimento do ninho, entre duas ninhadas.
A FÊMEA PÕE SEM PARAR
Encontra-se no ninho um número de ovos anormal. No caso de uma espécie onde o macho e a fêmea são parecidos, é possível que o casal compreenda duas fêmeas. É necessário sexar atentamente os pássaros.Mas num casal normal, a fêmea pode pôr numerosos ovos. Geralmente são ovos claros e isto ocorre porque quando uma primeira postura era feita de ovos claros, a fêmea continuava a pôr.Uma observação atenta do número de ovos teria permitido ao criador ver que não se trata duma só postura, mas de duas sucessivas separadas por 5 a 6 dias. Algumas fêmeas são capazes desde o 5º dia de reconhecer se um ovo está claro ou não; neste momento elas podem abandonar o ninho ou pôr de novo. Uma perturbação do comportamento pode explicar uma postura abundante e contínua. A fêmea é vitima dum desarranjo endócrino. Normalmente quando a postura atingiu a cifra própria à espécie (5a 6 ovos no máximo), uma inibição se produz e isto bloqueia a produção de óvulos pelo ovário. Em alguns pássaros mais sensíveis que outros, o bloqueio tem lugar mais cedo e a fêmea põe menos ovos. A postura torna-se contínua quando o bloqueio não tem lugar. É necessário tirar a fêmea e trocá-la por uma outra. Esta perturbação desaparece geralmente quando a fêmea é colocada em viveiro não contendo qualquer ninho, sobretudo na ausência de machos. Pode também atenuar-se pouco a pouco: a fêmea podendo pôr ainda alguns ovos num comedouro, antes de se tirar definitivamente.
A FÊMEA PÕE MAS NÃO INCUBA
Esta perturbação pode ter várias causas: O desenvolvimento é desfavorável: há muito barulho ou a fêmea está inquieta. Pode ser suficiente mudar o lugar do ninho ou aquele da gaiola: a primeira ninhada estará perdida, mas uma segunda será levada a termo. A fêmea não choca porque os ovos estão claros, e isto porque ela não foi coberta pelo macho. É necessário tirar os ovos e aguardar uma segunda postura. Se a fêmea não choca, é preciso mudar o macho. O melhor macho é aquele que não somente cobre frequentemente a fêmea, mas também que a ajuda a ir para o ninho. Alguns machos chocam tanto e mesmo mais que a fêmea, mas o mais frequente e necessário é que a fêmea comece a chocar.
A FÊMEA PICA OS OVOS
Acontece quando os pássaros comem os ovos. O criador que constata a presença dum ovo e não o vê no dia seguinte ou quando o número de ovos diminui. Frequentemente não fica nenhum traço do ovo desaparecido: ele foi comido. Um pássaro pode muito bem comer um ovo. Ás vezes um filhote eclode e não se acha a casca: ela comeu-a, e isto evita que ela atraia a atenção dum predador, o que pode ter lugar quando a casca vazia é lançada fora do ninho. Sabe-se assim quando os pássaros de gaiola podem consumir os fragmentos de cascas; esses fragmentos dados pelo criador são uma fonte de cálcio. Por prudência, ele vai dar o melhor, (por ex. ostras trituradas ou fragmentos de cascas de ovos...)É normal que um ovo seja comido depois de ter sido posto. Geralmente, o criador acusa o macho. Pensa-se que o macho viu no ovo um corpo estranho que ele quer tirar do ninho; o ovo é quebrado e comido. Isto é possível, mas a fêmea pode comer os ovos. É o que tenho constatado com um casal de mandarins. Para saber se comia o ovo, coloquei sobre a casca um produto utilizado para impedir as crianças de roer as unhas. Um primeiro ovo desapareceu sem problema aparente nos pássaros. Porém após o desaparecimento dum segundo ovo, a fêmea foi gravemente intoxicada, enquanto que o macho ficou normal. A mãe era, pois, culpada. É preciso, então, no momento em que os ovos desaparecerem depois de terem sido postos, tirar a fêmea e trocá-la por uma outra.
OS FILHOTES SÃO LANÇADOS PARA FORA DO NINHO
Acontece quando os filhotes são encontrados fora do ninho, sobre o fundo da gaiola.Frequentemente apresentam feridas provocadas por cortes de bico.No momento em que o criador se apercebe, rapidamente deve colocar os filhotes no ninho. Podem cair acidentalmente ou ser assassinados pelas patas da fêmea, quando abandona muito brutalmente o ninho. É necessário então evitar assustar a fêmea que choca, e cuidar para que o ninho seja suficientemente profundo. Mas é possível que os filhotes tenham sido lançados para fora do ninho por um dos pais. Pouco depois da eclosão, o principal culpado é o macho; ele não reconhece no filhote o produto dum ovo, e lança-o para fora numa preocupação de propriedade, ou de defesa do ninho. Neste caso, é preciso tirar o macho, esperando-se que todos os filhotes tenham eclodido e chegado a ser bastante grandes. No Diamante Gould, mais sujeito ao stress, o macho pode reagir a uma perturbação (barulho, visitante estranho...), lançando os filhotes pouco depois. No momento em que os filhotes estão emplumados e prontos para sair do ninho, podem ser lançados pela fêmea desejosa de limpar o ninho para tornar a pôr. Algumas fêmeas tornam a pôr num ninho ocupado, mas outras expulsam os filhotes a golpes de bico. O sangue pode ocasionar a picagem: os filhotes se estiverem ainda depenados podem morrer.
OS FILHOTES SÃO POUCO OU MAL ALIMENTADOS
O crescimento dos filhotes é programado; se ele é retardado, os pais podem abandoná-los. Na natureza um retardamento no crescimento corresponde a uma doença ou ainda afecta o último nascido; esses pássaros estão condenados; eles não darão jamais um adulto robusto; os pais têm pressa de fazer uma nova ninhada, e cessam de alimentar os atrasados. Este comportamento permite a selecção natural indispensável à sobrevivência da espécie.Na criação, o atraso de crescimento tem as mesmas causas, mas o abandono é menos brutal. Um pássaro cego será alimentado tanto quanto será capaz de pedir com insistência sua alimentação: cessará de o ser quando não virar mais o bico do lado certo. Os filhotes debilitados por uma doença (frequentemente colibacilose) serão cada vez menos alimentados visto que eles terão cada vez menos força para pedir, levantar a cabeça e abrir o bico. No que concerne aos filhotes de crescimento mais lento numa ninhada, trata-se de mutantes, ou de últimos nascidos. Para salvá-los, o criador confiá-los-á a outros pais, que tenham filhotes no mesmo tamanho. Para que todos os filhotes duma ninhada sejam salvos é necessário que a ninhada fique homogénea, isto quer dizer que todos os filhotes cresçam regularmente.Pode-se activar o crescimento dos filhotes, dando-lhes uma pasta enriquecida em vitaminas. No início do crescimento, os protídios devem representar perto de 25% da ração; a seguir sua taxa deve diminuir regularmente em benefício dos glucídios (amidos dos grãos). Na natureza, os pássaros aí compreendidos, os granívoros, fornecem aos recém-nascidos uma alimentação muito rica à base de insectos e de pólen, bem como filhotes de larvas e grãos germinados. Por conseguinte, eles dão mais grãos de amoras. Se é necessário, em caso de doença, utilizar um antibiótico, ele deve ser associado a uma mistura vitaminada e de grãos germinados. Um antibiótico pode provocar uma carência em vitaminas e retardar o crescimento.
A FÊMEA PICA OS FILHOTES
Dissemos que a fêmea desejosa de pôr pode expulsar os filhotes para fora do ninho e picá-los para arrancar-lhes as penas. Esta hostilidade cessa no momento em que os filhotes deixam o ninho, salvo se o sangue correu. No último caso, a visão do sangue tem um efeito agressivo: ele estimula a picagem. É necessário isolar o filhote, tirar a pena que sangra e colocar um pó bactericida sobre a ferida. Filhotes machos podem ser igualmente picados pelo pai que o deseja expulsar. Se os filhotes devem ser deixados na presença dos pais, é necessário dispor duma gaiola suficientemente grande ou colocar uma separação através da qual os pais poderão alimentar os filhotes. Quando uma gaiola é muito pequena, os pais têm tendência a picar os filhotes. Pode-se também evitar isto, colocando os pais e os filhotes que deixaram o ninho numa outra gaiola, onde não haverá ninho.
CONCLUSÃO
Os distúrbios de comportamento não são raros numa criação. Isto vem do fato de que se está longe das condições naturais bem como em matéria de ambiente, quer de material ou de alimentação. Cuidados de atenção e a experiência permitem evitá-los ou tratá-los. A maior parte dessas perturbações não são hereditárias e não duram de ano a ano. O criador deve ter interesse em possuir muitas fêmeas e vários machos de reserva; mudam o macho ou a fêmea sendo este o meio mais eficaz para pôr fim a uma distúrbio de comportamento que torna um casal improdutivo.
Algumas Dicas:
Vinagre de maçã ou sidra
O vinagre de sidra é um produto muito fácil de encontrar, qualquer supermercado, mercearia ou mesmo ervanária têm.E um produto natural. Muitas pessoas utilizam no tempero de saladas e outros alimentados.Quanto a parte ornitológica. O vinagre de sidra faz o mesmo efeito que a colina. Este conte uma substancia a qual se da o nome de “coilina”. Já se sabe que os problemas hepáticos nas aves muitas vezes são provocados por excesso de gordura no fígado, a alteração da flora intestinal (parte que protege o estômago) normal, causa frequentemente infecções intestinais.Quanto aos benefícios para as aves são vários.Quando as aves estão demasiado gordas por norma costuma se comprar “colina” e fazer-se uma dieta de sementes.Quase todas as sementes são ricas em gordura claro que não ceram todas as sementes, mas muitas são. As sementes ditas sementes pretas (cânhamo, nabo, níger, entre outras) são muito ricas em gordura. As aves mais gulosas se não se tiver algum cuidado acabaram por dar problemas. A ave deixa de comer todas as sementes e começa por fazer uma alimentação pouco adequada comendo só um ou dois tipos de alimentos, por norma sementes pretas. Os primeiros sintomas visíveis a olho nu. São fadiga ao fazer pequenos voos, arfar em dias de muito calor, a ave parece muito forte, o que ate nos parece bem, pois a ave parece maior, dificuldades na criação (as copulas são falhadas) … etc.A utilização do vinagre de sidra durante alguns períodos do ano vai resolver muitos dos problemas a que me referi entre outros. O vinagre de sidra contem uma substancia “coilina” que é de grande consistência quando ingerida pelas aves e fixa-se nas paredes musculares internas do estômago da ave protegendo o e fazendo que este fique mais forte. Assim pode facilitar na digestão e eliminação das gorduras.Isso pode conseguir-se com a administração de vinagre de sidra.Modo como se deve utilizar.Diluir uma colher cheia de sopa (10ml) por cada litro de água.Repetir esta operação duas vezes por semana, nos outros dias água normal.
OS PIOLHOS - Uma praga a evitar
Os Piolhos
Umas das grandes preocupações dos criadores de aves são sem sombra de dúvida os piolhos, que nos transtornam principalmente na época de criações.
As três principais espécies e as que mais incómodos e danos provocam são:
- Piolho do interior das penas (Picobia Bipectinata)
- Piolho da Pluma (Amalga Posrinus)
- Piolho Vermelho (Dermanyssus gallinae)
As duas primeiras espécies alimentam-se de descamações da pele e das penas das aves, só pontualmente chupam sangue, estas duas espécies são consideradas um problema efectivo se multiplicarem de forma descontrolada.
O piolho vermelho é o mais perigoso dos três dado que é ematofago, ou seja alimenta-se de sangue.
Este piolho atacando de uma forma continuada pode levar as aves a um estado de debilidade tal que provoca a sua morte, principalmente as pequenas aves jovens que se encontram no ninho sem qualquer defesa.
COMO DETECTAR A PRESENÇA DE PIOLHOS.
A ave infectada de piolhos, mostra-se muito inquieta e agitada, e tenta de todos os modos livra-se do parasita, quer através de banhos no bebedouro quer picando-se constantemente, o que vai provocar um estado menos bom da plumagem, todos estes esforços contínuos vão provocar um enfraquecimento das aves, inclusivamente poderá acontecer que os machos deixem de cantar.
Piolho das penas – Pelo simples exame da ave detecta-se este piolho, basta estender a asa da ave infectada, e observá-la a contraluz, vai notar-se uns pequenos pontos que se deslocam rapidamente ao longo das rémiges e rectrizes.
Piolho dos barbados– Vive preferencialmente nos barbados das penas, e também com um exame cuidado se pode detectar este parasita.
Piolho Vermelho – Este piolho não vive na ave, sendo um animal nocturno só ataca as nossas aves durante a noite, estando escondido durante o dia, nos mais diversos locais:
- Poleiros Ocos- Ninhos- Frinchas das gaiolas- Matérias de tecido.
Inclusivamente podem estar escondidos a distancias consideráveis das gaiolas que irão atacar durante a noite.Esta espécie quando não controlada vive em colónias de milhares de indivíduos.
MODO DE COMBATE
Actualmente existem no mercado vários produtos indicados para o combate destes parasitas, podendo estes apresentar-se em spray ou em pó.
È importante a quando da escolha do produto para combate dos parasitas, verificar-mos se é especifico para aves e devemos sempre proceder conforme as indicações, para não provocarmos intoxicações, às aves.
Julgo também ser importante que quando se fizer a desinfecção da gaiola retirar comedouro se bebedouros, para termos a certeza de não vamos contaminar os alimentos.
Para combater esta praga, devemos proceder à desinfecção directa da ave e à desinfecção das instalações onde poderá estar a colónia de piolho.
Desinfecção directa – Pegar na ave cuidadosamente e desinfecta-la conforme indicação dada nos productos. Contudo quem tem um plantel elevado é um pouco complicado desinfectar ave por ave , neste caso aconselho a utilização de um spray direccionado directamente às aves, tendo o cuidado de evitar a zona dos olhos.Actualmente o que uso para o combate desta praga é:
- Desifecção directa com Paramectin uma gota por ave no dorso
- No ninho com spray insecticida da Tabernil
- E desinfecção das instalações com frontline Spray.
Fonte: coantua
A FÊMEA NÃO PÕE
Normalmente a postura é desencadeada pela visão do ninho; ela é favorecida pela presença do macho. Na ausência de ninho, a presença dum recipiente côncavo pode incitar a fêmea a por; até pode pôr num comedouro.Mas é necessário que a fêmea esteja pronta para pôr, mesmo que o seu ovário contenha os futuros óvulos. Isto supõe que a temperatura e a luz tenham variado normalmente como aquelas produzidas na Primavera. Muita luz e sem muito calor ou o inverso, muito calor e pouca luz, provocam uma alteração do ciclo sexual, que é frequentemente acompanhada por uma muda parcial. Se a fêmea não põe, malgrado a presença do ninho e do macho, pode-se mudar o macho e trocá-lo por outro mais ardente, mais viril. Se o comportamento da fêmea não muda, é necessário troca-la por uma outra.A melhor fêmea é uma de dois anos, cujo comportamento terá sido testado no ano anterior. Uma fêmea muito velha pode estar inapta à postura: torna-se estéril.
A FÊMEA DESTRÓI O NINHO CONSTANTEMENTE
A maioria das fêmeas constrói metodicamente o ninho: empregam materiais grosseiros, depois materiais finos para o acabamento. Algumas começam a construção do ninho sem contudo acabar: elas confundem frequentemente os materiais e finalmente o primeiro ovo é posto num ninho inacabado e muito mal feito. Geralmente este comportamento é hereditário. Ele persiste de ano a ano. A fêmea não sabe fazer o ninho, porque nasceu, geralmente, num ninho mal feito.O criador deve intervir para terminar o ninho ou oferecer à fêmea um ninho completamente feito. No caso dum ninho de canários, pode-se colocar um ninho de fibras de coco comprado no comércio. Aos exóticos pode-se oferecer um ninho bola, em vime, no interior do qual se cola um revestimento macio, que o pássaro não poderá arrancar. Geralmente o criador contenta-se em terminar o ninho, colocando um suplemento de materiais e construindo uma cavidade para os ovos. Ele pode obter esta cavidade, fazendo rodar uma maçã no ninho, ou moldando com sua mão. Como no curso de criação, o ninho se suja, ele não pode hesitar em mudar o revestimento no momento em que ele se torne muito sujo. Os filhotes têm necessidade de asseio e esta limpeza agirá sobre o comportamento de adulto. Isto é sobretudo necessário quando o número de filhotes é importante. Isto é indispensável no momento em que os filhotes defecam sobre as paredes do ninho e quando os pais penetram no ninho para alimentá-los.
A FÊMEA PÕE FORA DO NINHO
Sucede que uma jovem fêmea põe fora do ninho, seja sobre o fundo da gaiola, seja num comedouro. Ela não compreendeu a função do ninho que o criador lhe ofereceu, e não o adoptou.O mais simples é colocar o ovo no ninho onde ele deveria ser posto; faz-se o mesmo para o segundo ovo, e assim por diante até a obtenção duma postura normal. Se a postura se faz num comedouro, tira-se o comedouro à noitinha, uma vez que a postura tem geralmente lugar ao nascer do dia. Para seduzir a fêmea no ninho, pode-se aí colocar um ovo claro (dum outro casal) ou um ovo falso. Quando se trata dum ninho caixa, junta-se materiais que se deixam passar pela abertura; esses materiais excitarão a curiosidade da fêmea, que visitará então o ninho.É possível que a fêmea não ponha no ninho, porque está infestado pelos piolhos ou porque não é suficientemente próprio. O asseio é necessário e é preciso então mudar ao menos o revestimento do ninho, entre duas ninhadas.
A FÊMEA PÕE SEM PARAR
Encontra-se no ninho um número de ovos anormal. No caso de uma espécie onde o macho e a fêmea são parecidos, é possível que o casal compreenda duas fêmeas. É necessário sexar atentamente os pássaros.Mas num casal normal, a fêmea pode pôr numerosos ovos. Geralmente são ovos claros e isto ocorre porque quando uma primeira postura era feita de ovos claros, a fêmea continuava a pôr.Uma observação atenta do número de ovos teria permitido ao criador ver que não se trata duma só postura, mas de duas sucessivas separadas por 5 a 6 dias. Algumas fêmeas são capazes desde o 5º dia de reconhecer se um ovo está claro ou não; neste momento elas podem abandonar o ninho ou pôr de novo. Uma perturbação do comportamento pode explicar uma postura abundante e contínua. A fêmea é vitima dum desarranjo endócrino. Normalmente quando a postura atingiu a cifra própria à espécie (5a 6 ovos no máximo), uma inibição se produz e isto bloqueia a produção de óvulos pelo ovário. Em alguns pássaros mais sensíveis que outros, o bloqueio tem lugar mais cedo e a fêmea põe menos ovos. A postura torna-se contínua quando o bloqueio não tem lugar. É necessário tirar a fêmea e trocá-la por uma outra. Esta perturbação desaparece geralmente quando a fêmea é colocada em viveiro não contendo qualquer ninho, sobretudo na ausência de machos. Pode também atenuar-se pouco a pouco: a fêmea podendo pôr ainda alguns ovos num comedouro, antes de se tirar definitivamente.
A FÊMEA PÕE MAS NÃO INCUBA
Esta perturbação pode ter várias causas: O desenvolvimento é desfavorável: há muito barulho ou a fêmea está inquieta. Pode ser suficiente mudar o lugar do ninho ou aquele da gaiola: a primeira ninhada estará perdida, mas uma segunda será levada a termo. A fêmea não choca porque os ovos estão claros, e isto porque ela não foi coberta pelo macho. É necessário tirar os ovos e aguardar uma segunda postura. Se a fêmea não choca, é preciso mudar o macho. O melhor macho é aquele que não somente cobre frequentemente a fêmea, mas também que a ajuda a ir para o ninho. Alguns machos chocam tanto e mesmo mais que a fêmea, mas o mais frequente e necessário é que a fêmea comece a chocar.
A FÊMEA PICA OS OVOS
Acontece quando os pássaros comem os ovos. O criador que constata a presença dum ovo e não o vê no dia seguinte ou quando o número de ovos diminui. Frequentemente não fica nenhum traço do ovo desaparecido: ele foi comido. Um pássaro pode muito bem comer um ovo. Ás vezes um filhote eclode e não se acha a casca: ela comeu-a, e isto evita que ela atraia a atenção dum predador, o que pode ter lugar quando a casca vazia é lançada fora do ninho. Sabe-se assim quando os pássaros de gaiola podem consumir os fragmentos de cascas; esses fragmentos dados pelo criador são uma fonte de cálcio. Por prudência, ele vai dar o melhor, (por ex. ostras trituradas ou fragmentos de cascas de ovos...)É normal que um ovo seja comido depois de ter sido posto. Geralmente, o criador acusa o macho. Pensa-se que o macho viu no ovo um corpo estranho que ele quer tirar do ninho; o ovo é quebrado e comido. Isto é possível, mas a fêmea pode comer os ovos. É o que tenho constatado com um casal de mandarins. Para saber se comia o ovo, coloquei sobre a casca um produto utilizado para impedir as crianças de roer as unhas. Um primeiro ovo desapareceu sem problema aparente nos pássaros. Porém após o desaparecimento dum segundo ovo, a fêmea foi gravemente intoxicada, enquanto que o macho ficou normal. A mãe era, pois, culpada. É preciso, então, no momento em que os ovos desaparecerem depois de terem sido postos, tirar a fêmea e trocá-la por uma outra.
OS FILHOTES SÃO LANÇADOS PARA FORA DO NINHO
Acontece quando os filhotes são encontrados fora do ninho, sobre o fundo da gaiola.Frequentemente apresentam feridas provocadas por cortes de bico.No momento em que o criador se apercebe, rapidamente deve colocar os filhotes no ninho. Podem cair acidentalmente ou ser assassinados pelas patas da fêmea, quando abandona muito brutalmente o ninho. É necessário então evitar assustar a fêmea que choca, e cuidar para que o ninho seja suficientemente profundo. Mas é possível que os filhotes tenham sido lançados para fora do ninho por um dos pais. Pouco depois da eclosão, o principal culpado é o macho; ele não reconhece no filhote o produto dum ovo, e lança-o para fora numa preocupação de propriedade, ou de defesa do ninho. Neste caso, é preciso tirar o macho, esperando-se que todos os filhotes tenham eclodido e chegado a ser bastante grandes. No Diamante Gould, mais sujeito ao stress, o macho pode reagir a uma perturbação (barulho, visitante estranho...), lançando os filhotes pouco depois. No momento em que os filhotes estão emplumados e prontos para sair do ninho, podem ser lançados pela fêmea desejosa de limpar o ninho para tornar a pôr. Algumas fêmeas tornam a pôr num ninho ocupado, mas outras expulsam os filhotes a golpes de bico. O sangue pode ocasionar a picagem: os filhotes se estiverem ainda depenados podem morrer.
OS FILHOTES SÃO POUCO OU MAL ALIMENTADOS
O crescimento dos filhotes é programado; se ele é retardado, os pais podem abandoná-los. Na natureza um retardamento no crescimento corresponde a uma doença ou ainda afecta o último nascido; esses pássaros estão condenados; eles não darão jamais um adulto robusto; os pais têm pressa de fazer uma nova ninhada, e cessam de alimentar os atrasados. Este comportamento permite a selecção natural indispensável à sobrevivência da espécie.Na criação, o atraso de crescimento tem as mesmas causas, mas o abandono é menos brutal. Um pássaro cego será alimentado tanto quanto será capaz de pedir com insistência sua alimentação: cessará de o ser quando não virar mais o bico do lado certo. Os filhotes debilitados por uma doença (frequentemente colibacilose) serão cada vez menos alimentados visto que eles terão cada vez menos força para pedir, levantar a cabeça e abrir o bico. No que concerne aos filhotes de crescimento mais lento numa ninhada, trata-se de mutantes, ou de últimos nascidos. Para salvá-los, o criador confiá-los-á a outros pais, que tenham filhotes no mesmo tamanho. Para que todos os filhotes duma ninhada sejam salvos é necessário que a ninhada fique homogénea, isto quer dizer que todos os filhotes cresçam regularmente.Pode-se activar o crescimento dos filhotes, dando-lhes uma pasta enriquecida em vitaminas. No início do crescimento, os protídios devem representar perto de 25% da ração; a seguir sua taxa deve diminuir regularmente em benefício dos glucídios (amidos dos grãos). Na natureza, os pássaros aí compreendidos, os granívoros, fornecem aos recém-nascidos uma alimentação muito rica à base de insectos e de pólen, bem como filhotes de larvas e grãos germinados. Por conseguinte, eles dão mais grãos de amoras. Se é necessário, em caso de doença, utilizar um antibiótico, ele deve ser associado a uma mistura vitaminada e de grãos germinados. Um antibiótico pode provocar uma carência em vitaminas e retardar o crescimento.
A FÊMEA PICA OS FILHOTES
Dissemos que a fêmea desejosa de pôr pode expulsar os filhotes para fora do ninho e picá-los para arrancar-lhes as penas. Esta hostilidade cessa no momento em que os filhotes deixam o ninho, salvo se o sangue correu. No último caso, a visão do sangue tem um efeito agressivo: ele estimula a picagem. É necessário isolar o filhote, tirar a pena que sangra e colocar um pó bactericida sobre a ferida. Filhotes machos podem ser igualmente picados pelo pai que o deseja expulsar. Se os filhotes devem ser deixados na presença dos pais, é necessário dispor duma gaiola suficientemente grande ou colocar uma separação através da qual os pais poderão alimentar os filhotes. Quando uma gaiola é muito pequena, os pais têm tendência a picar os filhotes. Pode-se também evitar isto, colocando os pais e os filhotes que deixaram o ninho numa outra gaiola, onde não haverá ninho.
CONCLUSÃO
Os distúrbios de comportamento não são raros numa criação. Isto vem do fato de que se está longe das condições naturais bem como em matéria de ambiente, quer de material ou de alimentação. Cuidados de atenção e a experiência permitem evitá-los ou tratá-los. A maior parte dessas perturbações não são hereditárias e não duram de ano a ano. O criador deve ter interesse em possuir muitas fêmeas e vários machos de reserva; mudam o macho ou a fêmea sendo este o meio mais eficaz para pôr fim a uma distúrbio de comportamento que torna um casal improdutivo.
Algumas Dicas:
Vinagre de maçã ou sidra
O vinagre de sidra é um produto muito fácil de encontrar, qualquer supermercado, mercearia ou mesmo ervanária têm.E um produto natural. Muitas pessoas utilizam no tempero de saladas e outros alimentados.Quanto a parte ornitológica. O vinagre de sidra faz o mesmo efeito que a colina. Este conte uma substancia a qual se da o nome de “coilina”. Já se sabe que os problemas hepáticos nas aves muitas vezes são provocados por excesso de gordura no fígado, a alteração da flora intestinal (parte que protege o estômago) normal, causa frequentemente infecções intestinais.Quanto aos benefícios para as aves são vários.Quando as aves estão demasiado gordas por norma costuma se comprar “colina” e fazer-se uma dieta de sementes.Quase todas as sementes são ricas em gordura claro que não ceram todas as sementes, mas muitas são. As sementes ditas sementes pretas (cânhamo, nabo, níger, entre outras) são muito ricas em gordura. As aves mais gulosas se não se tiver algum cuidado acabaram por dar problemas. A ave deixa de comer todas as sementes e começa por fazer uma alimentação pouco adequada comendo só um ou dois tipos de alimentos, por norma sementes pretas. Os primeiros sintomas visíveis a olho nu. São fadiga ao fazer pequenos voos, arfar em dias de muito calor, a ave parece muito forte, o que ate nos parece bem, pois a ave parece maior, dificuldades na criação (as copulas são falhadas) … etc.A utilização do vinagre de sidra durante alguns períodos do ano vai resolver muitos dos problemas a que me referi entre outros. O vinagre de sidra contem uma substancia “coilina” que é de grande consistência quando ingerida pelas aves e fixa-se nas paredes musculares internas do estômago da ave protegendo o e fazendo que este fique mais forte. Assim pode facilitar na digestão e eliminação das gorduras.Isso pode conseguir-se com a administração de vinagre de sidra.Modo como se deve utilizar.Diluir uma colher cheia de sopa (10ml) por cada litro de água.Repetir esta operação duas vezes por semana, nos outros dias água normal.
OS PIOLHOS - Uma praga a evitar
Os Piolhos
Umas das grandes preocupações dos criadores de aves são sem sombra de dúvida os piolhos, que nos transtornam principalmente na época de criações.
As três principais espécies e as que mais incómodos e danos provocam são:
- Piolho do interior das penas (Picobia Bipectinata)
- Piolho da Pluma (Amalga Posrinus)
- Piolho Vermelho (Dermanyssus gallinae)
As duas primeiras espécies alimentam-se de descamações da pele e das penas das aves, só pontualmente chupam sangue, estas duas espécies são consideradas um problema efectivo se multiplicarem de forma descontrolada.
O piolho vermelho é o mais perigoso dos três dado que é ematofago, ou seja alimenta-se de sangue.
Este piolho atacando de uma forma continuada pode levar as aves a um estado de debilidade tal que provoca a sua morte, principalmente as pequenas aves jovens que se encontram no ninho sem qualquer defesa.
COMO DETECTAR A PRESENÇA DE PIOLHOS.
A ave infectada de piolhos, mostra-se muito inquieta e agitada, e tenta de todos os modos livra-se do parasita, quer através de banhos no bebedouro quer picando-se constantemente, o que vai provocar um estado menos bom da plumagem, todos estes esforços contínuos vão provocar um enfraquecimento das aves, inclusivamente poderá acontecer que os machos deixem de cantar.
Piolho das penas – Pelo simples exame da ave detecta-se este piolho, basta estender a asa da ave infectada, e observá-la a contraluz, vai notar-se uns pequenos pontos que se deslocam rapidamente ao longo das rémiges e rectrizes.
Piolho dos barbados– Vive preferencialmente nos barbados das penas, e também com um exame cuidado se pode detectar este parasita.
Piolho Vermelho – Este piolho não vive na ave, sendo um animal nocturno só ataca as nossas aves durante a noite, estando escondido durante o dia, nos mais diversos locais:
- Poleiros Ocos- Ninhos- Frinchas das gaiolas- Matérias de tecido.
Inclusivamente podem estar escondidos a distancias consideráveis das gaiolas que irão atacar durante a noite.Esta espécie quando não controlada vive em colónias de milhares de indivíduos.
MODO DE COMBATE
Actualmente existem no mercado vários produtos indicados para o combate destes parasitas, podendo estes apresentar-se em spray ou em pó.
È importante a quando da escolha do produto para combate dos parasitas, verificar-mos se é especifico para aves e devemos sempre proceder conforme as indicações, para não provocarmos intoxicações, às aves.
Julgo também ser importante que quando se fizer a desinfecção da gaiola retirar comedouro se bebedouros, para termos a certeza de não vamos contaminar os alimentos.
Para combater esta praga, devemos proceder à desinfecção directa da ave e à desinfecção das instalações onde poderá estar a colónia de piolho.
Desinfecção directa – Pegar na ave cuidadosamente e desinfecta-la conforme indicação dada nos productos. Contudo quem tem um plantel elevado é um pouco complicado desinfectar ave por ave , neste caso aconselho a utilização de um spray direccionado directamente às aves, tendo o cuidado de evitar a zona dos olhos.Actualmente o que uso para o combate desta praga é:
- Desifecção directa com Paramectin uma gota por ave no dorso
- No ninho com spray insecticida da Tabernil
- E desinfecção das instalações com frontline Spray.
Fonte: coantua
A cor no Canário Arlequim Português
Muito se tem falado ultimamente em conversas de “bastidores” sobre o factor cor no canário Arlequim Português.
O standard diz que o Arlequim deve ser multicolor e equilibradamente variegado com factor vermelho. Ora um Arlequim ao ser multicolor será sem dúvida variegado pois variegado quer dizer que apresenta cores ou matizes variados ou diversos.
O equilibradamente variegado quer dizer no meu ponto de vista e dividindo um canário em dois eixos, um vertical e outro longitudinal que o canário deverá ter um equilíbrio nas cores relativamente a cada um dos eixos. Por exemplo e só a título de exemplo se uma ave tiver numa das asas “cores” melânicas ou lipocrómicas, na outra asa deverá ter as mesmas “cores”. Isso para mim e como exemplo é que é o "equilibradamente".
Mesmo assim, em termos do número de cores e quais cores o Arlequim deve ter, nisso o standard é omisso.
Um Arlequim que seja predominantemente melânico ou predominantemente lipocrómico mas que tenha factor vermelho não deixa de ser um arlequim e um arlequim para exposição. Claro que quanto mais cores apresentar e quanto maior for o equilíbrio das cores no seu corpo, melhor será o Arlequim e consequentemente deverá ter melhor pontuação neste item. Estes sim é que são os arlequins que todos desejamos e que infelizmente, talvez por questões genéticas que não podemos controlar, poucos nascem.
Eu não vejo que o termo equilibradamente variegado tenha a ver com a percentagem de melânico e de lipocrómo que um arlequim possa ter. Aliás o standard em nada refere se o canário deve ter mais melânico, mais lipocrómo ou alguma percentagem de um ou de outro. O que fala e aí é claro é num equilíbrio das cores.
Mas mais importante de tudo é não esquecer que o Arlequim é um canário de PORTE e não um canário de cor.
A cor no Arlequim apesar de realçar a sua beleza e a sua diferença das outras raças (não há uma monotonia) assume um factor de 2º plano no seu standard.
Fonte: Canarios Freixo
O standard diz que o Arlequim deve ser multicolor e equilibradamente variegado com factor vermelho. Ora um Arlequim ao ser multicolor será sem dúvida variegado pois variegado quer dizer que apresenta cores ou matizes variados ou diversos.
O equilibradamente variegado quer dizer no meu ponto de vista e dividindo um canário em dois eixos, um vertical e outro longitudinal que o canário deverá ter um equilíbrio nas cores relativamente a cada um dos eixos. Por exemplo e só a título de exemplo se uma ave tiver numa das asas “cores” melânicas ou lipocrómicas, na outra asa deverá ter as mesmas “cores”. Isso para mim e como exemplo é que é o "equilibradamente".
Mesmo assim, em termos do número de cores e quais cores o Arlequim deve ter, nisso o standard é omisso.
Um Arlequim que seja predominantemente melânico ou predominantemente lipocrómico mas que tenha factor vermelho não deixa de ser um arlequim e um arlequim para exposição. Claro que quanto mais cores apresentar e quanto maior for o equilíbrio das cores no seu corpo, melhor será o Arlequim e consequentemente deverá ter melhor pontuação neste item. Estes sim é que são os arlequins que todos desejamos e que infelizmente, talvez por questões genéticas que não podemos controlar, poucos nascem.
Eu não vejo que o termo equilibradamente variegado tenha a ver com a percentagem de melânico e de lipocrómo que um arlequim possa ter. Aliás o standard em nada refere se o canário deve ter mais melânico, mais lipocrómo ou alguma percentagem de um ou de outro. O que fala e aí é claro é num equilíbrio das cores.
Mas mais importante de tudo é não esquecer que o Arlequim é um canário de PORTE e não um canário de cor.
A cor no Arlequim apesar de realçar a sua beleza e a sua diferença das outras raças (não há uma monotonia) assume um factor de 2º plano no seu standard.
Fonte: Canarios Freixo
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Acasalamento Consaguineo
« Este ano tinha como objectivo criar um plantel homogénio e de boa qualidade (satines brancos), logo como já tinha feito isto na columbofilia pus mãos à obra e fiz casais com parentesco próximo. Realmente tirei aves muito iguais tanto a nível de desenho como forma e tamanho e aparentemente de qualidade superior, o desenvolvimento das crias foi normal como poderam ver nas fotos que coloquei no blog.
Os problemas começaram a surgir já com aves separadas e quando estavam na altura de começarem a comer sozinhas, dava a ideia que estavam a ficar cegos e com falta de equilíbrio, pensei em salmonelas e fiz tratamentos sem resultados positivos depois com um veterinário chegamos à conclusão de consanguinidade. Para alem destes problemas de foro neurológico estas aves tem um sistema imunitário muito fraco não tolerando qualquer problema de saúde mesmo muito fraco que este seja, morrendo logo. Também notei que não iniciam a muda como os outros, aves com 3 meses sem mudar uma pena. Para terem uma ideia, na primeira postura, tirei 40 satines brancos e tenho 5 por enquanto. Todas estas aves estiveram em contacto com os satines amarelos mosaico e estes não tem qualquer problema a não ser os filhos de um casal também consanguíneo que fiz e que as crias também morreram.
Para alem disto também penso que a incompatibilidade genética também é responsável pela morte das crias em idade avançada.
Deixo aqui o cruzamento que fiz e o meu testemunho, para que quem for por este caminho ter muito cuidado com os cruzamentos ( mas penso que esta será a forma para tirar aves de top a nível mundial)

Como podem ver o único sangue que introduzi foi o D e o E o C sao irmãos que foram cruzados com D, E o produto entre o C e D foi o F o C e E foi o G depois cruzei o C com F e deu o H, o H com o G são as aves com os maiores problemas, também fiz neto com avó mas são fracos de imunidade.
Nuno Vaz»
...
LINE-BREEDING - onde os acasalamentos são feitos entre parentescos mais afastados.
Tipo acasalamentos entre primos irmãos, tios e sobrinhos, que é o tipo de acasalamento consanguinio que eu utilizo há bastantes anos, o outro tipo, só por engano nalgum registo. E mesmo assim, faço-o sem abusar, não costumo fazer anos seguidos, para não estreitar mais ainda a consanguinidade, podendo vir a ter problemas futuros. Se forem há 20 anos verificar as exposições que eu participei, quase todas as minhas raças(excepto os phaeos), já nessa altura as criava, como tal tenho tido sorte nos meus acasalamentos.
Não gosto de utilizar o INBREEDING, porque uma vez sem querer acasalei pai X filha, e é certo que me apareceram exemplares normais e saudáveis, mas também apareciam outros com problemas, que os tinha de matar depois de terem um mês ou mais de nascidos, porque antes disso, não nos conseguimos aperceber do problema.
Não notei melhorias significativas nos filhotes, como tal não o faço.
No meu entender utilizar consanguinidade, pode-nos trazer vantagens no caso de formal um plantel mais homogéneo e equilibrado, para firmar características excelentes mas também nos pode estragar anos de trabalho numa determinada raça.
Como tal prefiro não arriscar, e o que é certo é que ate agora não me tenho dado mal.
Se já temos problemas no nosso plantel, se continuarmos a fazer acasalamentos consanguinios, então vamos pior ainda mais certas caracteristicas dos filhotes, como é o caso do tamanho, vitalidade e fertilidade, muito importante para quem quer continuar a ter um plantel saudável.
Depois quando se fala em fazer cruzamentos consanguinios, só se devem fazer entre canários já de um nível acima da media, penso não valer a pena praticar este tipo de acasalamentos com qualquer exemplar.
Os criadores por norma fazem o que ouvem dizer, e dão aquilo que o outro diz que dá, ou que deu, mas por vezes o tratamento que o criador x se deu bem, não quer dizer que seja o mesmo que o criador Y deve dar.
Só não percebo é como é que há criadores que opinam sobre determinados assuntos, sem nunca os terem praticado.
Eu levei anos a comprar o mínimo possível de canários, excepto quando iniciava uma nova raça, aqui era obrigado a comprar, e só começo uma nova raça com 3 machos e 4 ou 5 fêmeas no mínimo, senão não começo. Por isso eu aconselhar o mesmo aos outros criadores. Mas cada um sabe de si, o maior problema é o dinheiro que temos de despender, mas se fizerem como eu digo apenas o fazem no 1ºano, porque se souberem criar, e tiverem sorte, tem uma raça para continuar.
Meus amigos, penso ser preferível ter apenas uma raça, com 3, 4, ou 5 bons casais, do que ter 20 ou 30 casais de raças diferentes e de pouca qualidade.
Embora goste de várias raças melânicas, tenho optado por reduzir cada vez mais a quantidade das minhas raças, aumentando o nºde casais de cada uma delas, para assim poder trabalhar melhor, na formação de uma linha propria de uma determinada raça.
Sempre comprei apenas alguns machos para introduzir no meu plantel, mas há dois anos fui visitar a exposição Internacional de Reggio Emilia, e excedi-me e comprei mais canários do que devia, e isso trouxe-me algumas vantagens em certas raças, mas também "alguns problemas"....como tal vou voltar a trabalhar como sempre tenho feito ate aqui. Este ano adquiri 2 machos para o meu plantel.
Eu quando compro um macho, por norma tenho de ver nele qualidades que podem melhorar o meu plantel, senão não compro, normalmente compro sempre dois machos da mesma raça, e se possível ao mesmo criador, o que nem sempre por vezes é possível. Quase nunca consigo comprar o macho que me faz falta, mas é quase sempre assim. Há vários anos que tento comprar um macho castanho pastel vermelho mosaico que me agrade para introduzir no meu plantel, mas ate agora ainda não consegui fazê-lo....
No primeiro ano utilizo o macho adquirido com duas ou três, das melhores fêmeas do meu plantel. No ano seguinte vou acasalar os filhos que me "agradarem" desse macho, com outros filhos dos meu melhores exemplares. Já me tem acontecido comprar um canários e não ficar com nenhum filho dele em minha casa, ate mais do que uma vez.
E também já me tem acontecido comprar um macho, e depois de chegar a casa, e de comparar com os meus, vende-lo novamente, sem sequer o jogar á criação...
Fonte:Carlos Faisca
Para alem disto também penso que a incompatibilidade genética também é responsável pela morte das crias em idade avançada.
Deixo aqui o cruzamento que fiz e o meu testemunho, para que quem for por este caminho ter muito cuidado com os cruzamentos ( mas penso que esta será a forma para tirar aves de top a nível mundial)

Como podem ver o único sangue que introduzi foi o D e o E o C sao irmãos que foram cruzados com D, E o produto entre o C e D foi o F o C e E foi o G depois cruzei o C com F e deu o H, o H com o G são as aves com os maiores problemas, também fiz neto com avó mas são fracos de imunidade.
Nuno Vaz»
...
LINE-BREEDING - onde os acasalamentos são feitos entre parentescos mais afastados.
Tipo acasalamentos entre primos irmãos, tios e sobrinhos, que é o tipo de acasalamento consanguinio que eu utilizo há bastantes anos, o outro tipo, só por engano nalgum registo. E mesmo assim, faço-o sem abusar, não costumo fazer anos seguidos, para não estreitar mais ainda a consanguinidade, podendo vir a ter problemas futuros. Se forem há 20 anos verificar as exposições que eu participei, quase todas as minhas raças(excepto os phaeos), já nessa altura as criava, como tal tenho tido sorte nos meus acasalamentos.
Não gosto de utilizar o INBREEDING, porque uma vez sem querer acasalei pai X filha, e é certo que me apareceram exemplares normais e saudáveis, mas também apareciam outros com problemas, que os tinha de matar depois de terem um mês ou mais de nascidos, porque antes disso, não nos conseguimos aperceber do problema.
Não notei melhorias significativas nos filhotes, como tal não o faço.
No meu entender utilizar consanguinidade, pode-nos trazer vantagens no caso de formal um plantel mais homogéneo e equilibrado, para firmar características excelentes mas também nos pode estragar anos de trabalho numa determinada raça.
Como tal prefiro não arriscar, e o que é certo é que ate agora não me tenho dado mal.
Se já temos problemas no nosso plantel, se continuarmos a fazer acasalamentos consanguinios, então vamos pior ainda mais certas caracteristicas dos filhotes, como é o caso do tamanho, vitalidade e fertilidade, muito importante para quem quer continuar a ter um plantel saudável.
Depois quando se fala em fazer cruzamentos consanguinios, só se devem fazer entre canários já de um nível acima da media, penso não valer a pena praticar este tipo de acasalamentos com qualquer exemplar.
Os criadores por norma fazem o que ouvem dizer, e dão aquilo que o outro diz que dá, ou que deu, mas por vezes o tratamento que o criador x se deu bem, não quer dizer que seja o mesmo que o criador Y deve dar.
Só não percebo é como é que há criadores que opinam sobre determinados assuntos, sem nunca os terem praticado.
Eu levei anos a comprar o mínimo possível de canários, excepto quando iniciava uma nova raça, aqui era obrigado a comprar, e só começo uma nova raça com 3 machos e 4 ou 5 fêmeas no mínimo, senão não começo. Por isso eu aconselhar o mesmo aos outros criadores. Mas cada um sabe de si, o maior problema é o dinheiro que temos de despender, mas se fizerem como eu digo apenas o fazem no 1ºano, porque se souberem criar, e tiverem sorte, tem uma raça para continuar.
Meus amigos, penso ser preferível ter apenas uma raça, com 3, 4, ou 5 bons casais, do que ter 20 ou 30 casais de raças diferentes e de pouca qualidade.
Embora goste de várias raças melânicas, tenho optado por reduzir cada vez mais a quantidade das minhas raças, aumentando o nºde casais de cada uma delas, para assim poder trabalhar melhor, na formação de uma linha propria de uma determinada raça.
Sempre comprei apenas alguns machos para introduzir no meu plantel, mas há dois anos fui visitar a exposição Internacional de Reggio Emilia, e excedi-me e comprei mais canários do que devia, e isso trouxe-me algumas vantagens em certas raças, mas também "alguns problemas"....como tal vou voltar a trabalhar como sempre tenho feito ate aqui. Este ano adquiri 2 machos para o meu plantel.
Eu quando compro um macho, por norma tenho de ver nele qualidades que podem melhorar o meu plantel, senão não compro, normalmente compro sempre dois machos da mesma raça, e se possível ao mesmo criador, o que nem sempre por vezes é possível. Quase nunca consigo comprar o macho que me faz falta, mas é quase sempre assim. Há vários anos que tento comprar um macho castanho pastel vermelho mosaico que me agrade para introduzir no meu plantel, mas ate agora ainda não consegui fazê-lo....
No primeiro ano utilizo o macho adquirido com duas ou três, das melhores fêmeas do meu plantel. No ano seguinte vou acasalar os filhos que me "agradarem" desse macho, com outros filhos dos meu melhores exemplares. Já me tem acontecido comprar um canários e não ficar com nenhum filho dele em minha casa, ate mais do que uma vez.
E também já me tem acontecido comprar um macho, e depois de chegar a casa, e de comparar com os meus, vende-lo novamente, sem sequer o jogar á criação...
Fonte:Carlos Faisca
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
FonioPaddy
Recentemente um criador falou-me no FonioPaddy e fui explorar as suas propriedades na dieta das aves e pelo que li em vários sites e fóruns é uma semente excelente pois ajuda a prevenir as coccidioses. Comecei a fornecer as minhas aves duas vezes por semana e algumas que se apresentavam encolhidas e com pouca actividade estão bem mais saudáveis agora.
FONIOPADDY é uma semente que cresce nos pântanos do Uganda. Há alguns anos que a pesquisa sobre os seus efeitos benéficos, garantem ás aves na luta contra a coccidiose resultados fantásticos.
No caso das crias que sujam o ninho com fezes liquidas (enterites) FONIOPADDY em poucos dias resolverá o problema de modo natural , próprio como fazem as aves na natureza quando procuram sementes medicinais que curam as suas indisposições.
MODO DE UTILIZAÇÃO
Durante a primeira semana, permita aos pássaros decidirem voluntariamente a quantidade que achem necessária comer. Após a primeira semana, por casal fornecer 1 colher de café por semana. Em área com 30 a 40 pássaros fornecer 2-3 colheres de sopa por semana.
FONIOPADDY deve ser fornecido puro, não misturar com qualquer outra semente ou produto.
Embora nunca tenha tido qualquer problema com as coccidioses é melhor prevenir que remediar, além disso noto algumas diferenças em algumas aves que andavam mais encolhidas.
Fonte: net
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Desde a postura até á separação dos pais
Postura
As fêmeas colocam entre 3 a 5 ovos em cada postura, sendo o normal colocar 4. A fêmea coloca um ovo por dia e este é colocado de manhã bem cedo, por volta das 7h. Para garantir igualdade a todas as crias, e por conseguinte mais uma taxa de sucesso maior, é recomendável substituir os ovos verdadeiros por ovos de plástico à medida que a fêmea os coloca no ninho. Quando vir que a fêmea deixou de pôr (o último ovo é facilmente identificável pois é mais pequeno e de uma cor diferente dos restantes) deve efectuar novamente uma substituição: desta vez retira os ovos de plástico e coloca os verdadeiros. Assim a fêmea começa a chocar todos os ovos ao mesmo tempo o que evita que as crias nasçam com dias de diferença o que era prejudicial à última cria pois os irmãos já seriam maiores e esta dificilmente comeria.
Incubação
A incubação nos canário demora normalmente 13 dias, podendo chegar aos 15. Durante este período a fêmea aumenta a sua temperatura corporal, esta febre dura 18 a 20 dias. A fêmea quase não sai do ninho, nem para comer pois o macho encarrega-se de a alimentar no ninho. Ao 7º dia de incubação deve-se verificar se os ovos estão “cheios” ou seja, férteis. Para isso pega-se cuidadosamente no ovo e coloca-se diante de uma luz (candeeiro por exemplo). Para evitar mexer nos ovos para não os partir, pode adquirir uma lanterna pequena, do tamanho de uma caneta e com os ovos no ninho basta apontar e facilmente vê o interior dos ovos. Se não conseguir ver através do ovo é porque este está galado, conseguindo-se ver algumas veias do embrião. No dia seguinte a parte escura que se observa no ovo já estará maior. Se por outro lado conseguir ver a luz é porque o ovo não está galado. É aconselhável fazer este procedimento até ao 9º dia, depois o embrião já se encontra em fase adiantada (faltam menos de 3 dias para nascer).
Nascimento
Depois de 13 dias (ou 15) dá-se a eclosão, nascem as crias. A mãe pode comer a casca do ovo para limpar o ninho e para repor o cálcio gasto para “fabricar” esse mesmo ovo. Os recém-nascidos não precisam de ser alimentados pelos pais nas primeiras horas de vida pois enquanto estavam dentro do ovo comeram o saco vitelino.
Crescimento
Se verificar que os pais não estão a alimentar convenientemente as crias deve dar-lhes papa à “palitada”. O crescimento das crias é muito rápido, ao fim de 20 dias têm quase o tamanho dos pais mas apresentam a cauda ainda curta.Os olhos permanecem fechados até ao 5º/6º dia de vida. Ao 7º dia anilham-se as crias. É recomendável cortar um bocado de penso e colar à volta da anilha. Desta forma a anilha fica mais camuflada e há menos probabilidade da mãe tentar tirar a anilha das crias e atira-las fora do ninho.Entre o 18º e o 20º dia as crias saem do ninho. A partir do 24º dia é recomendável separar os pais das crias através do separador uma vez que os pais começam a pensar noutra postura. Estando com o separador os pais continuam a alimentar os filhotes e evita-se que sejam arrancadas as penas para construir um novo ninho. Deve-se fornecer material para a construção de um novo ninho. A partir do 30º dia as crias já se alimentam sozinhas, no entanto só se devem afastar dos pais ao fim de mais alguns dias para garantir que realmente estão a comer sozinhos. Nesta altura deve haver sempre comida mole à disposição (papa, sêmola de trigo, maçã…).
Separação dos pais
Como foi dito, em regra geral as criam começam a comer sozinhas ao fim de 30 dias de vida. Podemos ver se nos comedouros há cascas de sementes, sinal de que estão a comer por si próprios. Ao separar as crias dos pais é recomendável coloca-las numa gaiola um pouco maior e onde a idade das aves seja sensivelmente a mesma (mais ou menos 15 dias de diferença). Se se colocam directamente na voadora elas vão ter dificuldade em evoluírem em condições pois é um espaço muito grande e elas ainda não voam, apenas saltam de poleiro para poleiro e, o pior de tudo é que há crias já mais desenvolvidas que não lhes vão dar tréguas, ora picam-nas ora não as deixam comer/beber. Por isso deve-se colocar numa gaiola intermédia para crescerem, amadurecerem e estarem mais aptas a defender-se.
Artigo: Ivo Leite
As fêmeas colocam entre 3 a 5 ovos em cada postura, sendo o normal colocar 4. A fêmea coloca um ovo por dia e este é colocado de manhã bem cedo, por volta das 7h. Para garantir igualdade a todas as crias, e por conseguinte mais uma taxa de sucesso maior, é recomendável substituir os ovos verdadeiros por ovos de plástico à medida que a fêmea os coloca no ninho. Quando vir que a fêmea deixou de pôr (o último ovo é facilmente identificável pois é mais pequeno e de uma cor diferente dos restantes) deve efectuar novamente uma substituição: desta vez retira os ovos de plástico e coloca os verdadeiros. Assim a fêmea começa a chocar todos os ovos ao mesmo tempo o que evita que as crias nasçam com dias de diferença o que era prejudicial à última cria pois os irmãos já seriam maiores e esta dificilmente comeria.
Incubação
A incubação nos canário demora normalmente 13 dias, podendo chegar aos 15. Durante este período a fêmea aumenta a sua temperatura corporal, esta febre dura 18 a 20 dias. A fêmea quase não sai do ninho, nem para comer pois o macho encarrega-se de a alimentar no ninho. Ao 7º dia de incubação deve-se verificar se os ovos estão “cheios” ou seja, férteis. Para isso pega-se cuidadosamente no ovo e coloca-se diante de uma luz (candeeiro por exemplo). Para evitar mexer nos ovos para não os partir, pode adquirir uma lanterna pequena, do tamanho de uma caneta e com os ovos no ninho basta apontar e facilmente vê o interior dos ovos. Se não conseguir ver através do ovo é porque este está galado, conseguindo-se ver algumas veias do embrião. No dia seguinte a parte escura que se observa no ovo já estará maior. Se por outro lado conseguir ver a luz é porque o ovo não está galado. É aconselhável fazer este procedimento até ao 9º dia, depois o embrião já se encontra em fase adiantada (faltam menos de 3 dias para nascer).
Nascimento
Depois de 13 dias (ou 15) dá-se a eclosão, nascem as crias. A mãe pode comer a casca do ovo para limpar o ninho e para repor o cálcio gasto para “fabricar” esse mesmo ovo. Os recém-nascidos não precisam de ser alimentados pelos pais nas primeiras horas de vida pois enquanto estavam dentro do ovo comeram o saco vitelino.
Crescimento
Se verificar que os pais não estão a alimentar convenientemente as crias deve dar-lhes papa à “palitada”. O crescimento das crias é muito rápido, ao fim de 20 dias têm quase o tamanho dos pais mas apresentam a cauda ainda curta.Os olhos permanecem fechados até ao 5º/6º dia de vida. Ao 7º dia anilham-se as crias. É recomendável cortar um bocado de penso e colar à volta da anilha. Desta forma a anilha fica mais camuflada e há menos probabilidade da mãe tentar tirar a anilha das crias e atira-las fora do ninho.Entre o 18º e o 20º dia as crias saem do ninho. A partir do 24º dia é recomendável separar os pais das crias através do separador uma vez que os pais começam a pensar noutra postura. Estando com o separador os pais continuam a alimentar os filhotes e evita-se que sejam arrancadas as penas para construir um novo ninho. Deve-se fornecer material para a construção de um novo ninho. A partir do 30º dia as crias já se alimentam sozinhas, no entanto só se devem afastar dos pais ao fim de mais alguns dias para garantir que realmente estão a comer sozinhos. Nesta altura deve haver sempre comida mole à disposição (papa, sêmola de trigo, maçã…).
Separação dos pais
Como foi dito, em regra geral as criam começam a comer sozinhas ao fim de 30 dias de vida. Podemos ver se nos comedouros há cascas de sementes, sinal de que estão a comer por si próprios. Ao separar as crias dos pais é recomendável coloca-las numa gaiola um pouco maior e onde a idade das aves seja sensivelmente a mesma (mais ou menos 15 dias de diferença). Se se colocam directamente na voadora elas vão ter dificuldade em evoluírem em condições pois é um espaço muito grande e elas ainda não voam, apenas saltam de poleiro para poleiro e, o pior de tudo é que há crias já mais desenvolvidas que não lhes vão dar tréguas, ora picam-nas ora não as deixam comer/beber. Por isso deve-se colocar numa gaiola intermédia para crescerem, amadurecerem e estarem mais aptas a defender-se.
Artigo: Ivo Leite
Vitaminas essenciais para os canários
Vitamina A ou retinol
Tem um papel importante no que respeita à visão, crescimento, desenvolvimento do osso, assim como no fortalecimento do sistema imunológico. Podemos encontrá-la em alimentos como os espinafres, cebola, legumes de folha verde, abóbora, batata-doce, meloa, salsa, cenoura, pimento vermelho e manga. A sua deficiência pode provocar visão deficiente, secura generalizada das mucosas, stresse, aumento de infecções e redução do olfacto e paladar.
Vitamina B1 ou tiamina
Tem como função principal transformar os hidratos de carbono e as gorduras em energia. É importante para o bom funcionamento do sistema nervoso, músculos e coração.Alimentos como ervilha, pão, cereais, arroz integral, feijão, frutos secos, leguminosas e batatas apresentam grande oferta dessa vitamina. Problemas relacionados com fadiga, nervosismo, perda de apetite/energia/sensibilidade, fraqueza muscular encontram-se na origem de carências desta vitamina.
Vitamina B2 ou riboflavina
Actua na boa saúde dos tecidos celulares, é também essencial para a libertação da energia contida nos alimentos. Importante para a saúde dos olhos. Para evitar problemas como a depressão, grande sensibilidade à luz e algumas formas de anemia convém alimentarem-se de arroz, aveia, ervilhas, todas as couves e cereais.
Vitamina B3 ou PP (niacina)
É uma vitamina que desempenha uma função importante no metabolismo energético através dos quais o organismo extrai dos alimentos a energia necessária ao seu funcionamento. Facilita a circulação do sangue e a respiração celular.Encontra-se sobretudo em alimentos ricos em proteínas, nas batatas, ervilhas e nos alperces secos.
Vitamina B5 ou ácido pantoténico
Tem um papel importante no metabolismo dos hidratos de carbono, proteínas e gorduras e é por isso importante na manutenção e reparação de todas as células e tecidos.Encontra-se presente em quase todos os alimentos, de forma que não se conhecem formas carênciaMas vegetais, legumes e cereais de grão inteiro são provavelmente as fontes mais comuns.
Vitamina B6 ou piridoxina
Desempenha uma função importante no metabolismo das proteínas e na formação dos glóbulos vermelhos. As carências desta vitamina manifestam-se com sintomas como perda do apetite, modificações das mucosas, atraso no crescimento, problemas musculares.Encontra-se nos cereais integrais, no feijão, na banana e no fermento.
Vitamina B9 ou ácido fólico
É essencial para o crescimento correcto e para o funcionamento óptimo do sistema nervoso e dos ossos. As perturbações causadas por esta vitamina são anemia, malformação dos glóbulos vermelhos. As necessidades desta vitamina aumentam significativamente durante a postura.Pode encontrar-se no gérmen de trigo, na soja, nas sementes de linhaça e nas hortaliças.
Vitamina B12 ou cianocobalamina
É essencial para o crescimento, para a divisão celular e coagulação do sangue. A sua deficiência é causadora de anemia, alterações neurológicas graves e fadiga.Vitamina CÉ conhecida por combater as gripes, favorecer a formação dos ossos , e também contribuir para absorção do ferro e acelerar o processo de cicatrização. As frutas cítricas são a sua principal fonte, mas também é possível encontrá-la no morango, kiwi, couve-de-bruxelas, batata, caju, pimento e goiaba. A deficiência de vitamina C pode causar fadiga, perda de apetite, e uma cicatrização lenta. Em casos mais graves pode dar origem , entre outros sintomas, enfraquecimento dos ossos. Vitamina D
Tem como função promover a adequada absorção do cálcio e fósforo e favorecer o crescimento. A deficiência deste nutriente provoca fraqueza e tensão muscular. Vitamina EÉ conhecida pela sua acção benéfica relativamente ao sistema reprodutor, assim como pelo bom funcionamento do tecido muscular e um aumento da resistência às infecções. Os cereais constituem a sua fonte, mas também pode ser encontrada na noz, avelã, batata-doce, gérmen de trigo, aveia, abacate e óleos vegetais. A sua carência leva a anemia, lesões nos nervos e fraqueza muscular.
Vitamina H ou biotina (também conhecida por B8)
Encontra-se presente na composição de numerosas enzimas que intervêm no metabolismo do carbono, em especial dos glícidos e dos lípidos. Algumas fontes alimentares de vitamina H incluem levedura de cerveja, rebentos de soja, cogumelos, verduras frescas.
Vitamina K
Tem um papel importante no processo de coagulação do sangue, e em casos graves a sua falta pode causar hemorragias. O conhecimento do teor da vitamina K nos alimentos ainda se encontra pouco esclarecido, mas podemos apontar como principais fontes os legumes verdes, espargos, arroz integral, tomate e óleos vegetais.
Tem um papel importante no que respeita à visão, crescimento, desenvolvimento do osso, assim como no fortalecimento do sistema imunológico. Podemos encontrá-la em alimentos como os espinafres, cebola, legumes de folha verde, abóbora, batata-doce, meloa, salsa, cenoura, pimento vermelho e manga. A sua deficiência pode provocar visão deficiente, secura generalizada das mucosas, stresse, aumento de infecções e redução do olfacto e paladar.
Vitamina B1 ou tiamina
Tem como função principal transformar os hidratos de carbono e as gorduras em energia. É importante para o bom funcionamento do sistema nervoso, músculos e coração.Alimentos como ervilha, pão, cereais, arroz integral, feijão, frutos secos, leguminosas e batatas apresentam grande oferta dessa vitamina. Problemas relacionados com fadiga, nervosismo, perda de apetite/energia/sensibilidade, fraqueza muscular encontram-se na origem de carências desta vitamina.
Vitamina B2 ou riboflavina
Actua na boa saúde dos tecidos celulares, é também essencial para a libertação da energia contida nos alimentos. Importante para a saúde dos olhos. Para evitar problemas como a depressão, grande sensibilidade à luz e algumas formas de anemia convém alimentarem-se de arroz, aveia, ervilhas, todas as couves e cereais.
Vitamina B3 ou PP (niacina)
É uma vitamina que desempenha uma função importante no metabolismo energético através dos quais o organismo extrai dos alimentos a energia necessária ao seu funcionamento. Facilita a circulação do sangue e a respiração celular.Encontra-se sobretudo em alimentos ricos em proteínas, nas batatas, ervilhas e nos alperces secos.
Vitamina B5 ou ácido pantoténico
Tem um papel importante no metabolismo dos hidratos de carbono, proteínas e gorduras e é por isso importante na manutenção e reparação de todas as células e tecidos.Encontra-se presente em quase todos os alimentos, de forma que não se conhecem formas carênciaMas vegetais, legumes e cereais de grão inteiro são provavelmente as fontes mais comuns.
Vitamina B6 ou piridoxina
Desempenha uma função importante no metabolismo das proteínas e na formação dos glóbulos vermelhos. As carências desta vitamina manifestam-se com sintomas como perda do apetite, modificações das mucosas, atraso no crescimento, problemas musculares.Encontra-se nos cereais integrais, no feijão, na banana e no fermento.
Vitamina B9 ou ácido fólico
É essencial para o crescimento correcto e para o funcionamento óptimo do sistema nervoso e dos ossos. As perturbações causadas por esta vitamina são anemia, malformação dos glóbulos vermelhos. As necessidades desta vitamina aumentam significativamente durante a postura.Pode encontrar-se no gérmen de trigo, na soja, nas sementes de linhaça e nas hortaliças.
Vitamina B12 ou cianocobalamina
É essencial para o crescimento, para a divisão celular e coagulação do sangue. A sua deficiência é causadora de anemia, alterações neurológicas graves e fadiga.Vitamina CÉ conhecida por combater as gripes, favorecer a formação dos ossos , e também contribuir para absorção do ferro e acelerar o processo de cicatrização. As frutas cítricas são a sua principal fonte, mas também é possível encontrá-la no morango, kiwi, couve-de-bruxelas, batata, caju, pimento e goiaba. A deficiência de vitamina C pode causar fadiga, perda de apetite, e uma cicatrização lenta. Em casos mais graves pode dar origem , entre outros sintomas, enfraquecimento dos ossos. Vitamina D
Tem como função promover a adequada absorção do cálcio e fósforo e favorecer o crescimento. A deficiência deste nutriente provoca fraqueza e tensão muscular. Vitamina EÉ conhecida pela sua acção benéfica relativamente ao sistema reprodutor, assim como pelo bom funcionamento do tecido muscular e um aumento da resistência às infecções. Os cereais constituem a sua fonte, mas também pode ser encontrada na noz, avelã, batata-doce, gérmen de trigo, aveia, abacate e óleos vegetais. A sua carência leva a anemia, lesões nos nervos e fraqueza muscular.
Vitamina H ou biotina (também conhecida por B8)
Encontra-se presente na composição de numerosas enzimas que intervêm no metabolismo do carbono, em especial dos glícidos e dos lípidos. Algumas fontes alimentares de vitamina H incluem levedura de cerveja, rebentos de soja, cogumelos, verduras frescas.
Vitamina K
Tem um papel importante no processo de coagulação do sangue, e em casos graves a sua falta pode causar hemorragias. O conhecimento do teor da vitamina K nos alimentos ainda se encontra pouco esclarecido, mas podemos apontar como principais fontes os legumes verdes, espargos, arroz integral, tomate e óleos vegetais.
Lavagem dos Canários para os Concursos
Técnica Para Lavar Pássaros
Permitir um banho regular, durante todo o ano aos pássaros de gaiola e de viveiros, é uma norma que deve cumprir um bom criador. Necessita-se de fornecer condições para que todos os pássaros criados possam efectuar os seus banhos diários, existem banheiras apropriadas, as quais devem ser bem limpas e desinfectadas com soluções aquosas de sais quaternários de amónio. Deve-se observar preventivamente a não utilização de substâncias ADERENTES no líquido do banho, ou seja, substâncias que venham juntar-se para favorecer a adesão às paredes, gaiolas etc; estes ADERENTES são danosos aos pássaros porque cobrem a plumagem com uma "película" e são irritantes aos olhos.
Os produtos contendo sais quaternários de amónio devem ser utilizados nas dosagens indicadas pelos produtores (normalmente 1 colher de café para 1 litro de água de banho: para acção desinfectante e antimicótica usa-se 1 colher das de sobremesa por litro de água e esta dosagem é contra-indicada para banho ou limpeza dos pássaros.
Os pássaros gostam de banhar-se diariamente também durante o Outono e o Inverno, em água tépida, canários de cor e canários de todas as raças e todos os indígenas, a maioria dos exóticos, se saudáveis e bem alojados aceitam muito bem o banho diário ou em dias alternados. Entretanto, as raças delicadas, algumas espécies de exóticos granívoros e insectívoros podem banhar-se em intervalos mais longos, em ambientes secos, totalmente sem correntes de ar, com água ligeiramente morna (sobretudo para os Giber Itálicos e o Giboso Espanhol, que não tem penas em certas partes do corpo) nas estações mais frias do ano. Para alguns pássaros, mesmo oferecendo-se banheiras com água, há uma recusa de imergirem na água; isto é normal para certas espécies como Melopsittacus undulatus que preferem que esfreguem as penas contra verduras molhadas. Para estes últimos não resta outra alternativa senão efectuar-se uma boa borrifação, sem exageros, através de alguns borrifos que são adquiridos em floricultura; dissolve-se uma colher das de café de sais quaternários de amónio para cada litro de água.
É óbvio que a gaiola contendo os pássaros que tomam banho (através da banheira ou da borrifação) deve ser bem limpa, pois de outro modo a plumagem ficaria suja e isto é um facto negativo, sobretudo para os pássaros que devem ir a concurso ou exposição. O fundo da gaiola ou a bandeja deve ser coberto por papel limpo do tipo absorvente e os arames devem ser bem zincados e esmaltados (a ferrugem suja a plumagem). Os únicos períodos nos quais convém evitar a borrifação são: durante o período de reprodução (a borrifação pode espantar a fêmea que pode interromper o choco ou a alimentação dos filhotes, ou descondicionar excessivamente os reprodutores, notoriamente mais ansiosos e medrosos que podem, em casos extremos, parar o ciclo reprodutivo devido ao descondicionamento hormonal; esta última situação é mais frequente nas espécies silvestres ou ainda não bem adaptadas à vida no estado de cativeiro) e durante o período da muda, pelo perigo de resfriamento.
Banhos ou borrifações devem ser feitos sempre antes das 15 horas para evitar que os pássaros durmam molhados ou húmidos.
Como lavar os pássaros que serão expostos em concurso ou exposição:
A lavagem das penas constitui um trabalho um tanto quanto delicado, porque o corpo do pássaro é muito sensível a cada tipo de manuseio e, em cada caso, não deve tê-los muito apertados na mão. Lembremo-nos que sempre que pegamos um pássaro na mão, ele sofre um stress mais ou menos sério. Portanto a “lavagem manual” é uma operação que se faz somente para espécies ou raças mais domesticadas ou mais letárgicas (muitas raças de canários de forma, postura e frisados habituados ao contacto humano etc.); embora para os canários de cor e raças, sejam indígenas ou exóticas, aconselha-se evitar a captura difícil e o trabalhoso banho a mão; muito melhor oferecer-se a banheira ou borrifar-se.
Como se subdividem os canários de acordo com a plumagem:
CANÁRIOS que devem ter a PLUMAGEM ADERENTE.
CANÁRIOS que devem ter a PLUMAGEM VAPOROSA.
Esta subdivisão, orientativa para os criadores, torna-se necessária para a metodologia da “lavagem manual” a ser descritiva porque certos ingredientes do banho favorecem ou a uma plumagem aderente e sedosa ou uma plumagem fofa e luzente. Assim, por exemplo, um SCOTCH não pode ser lavado com um ingrediente que favoreça a fofura nem, pelo contrário, um NORWICH pode ser lavado com um ingrediente que torna a plumagem aderente. O criador que pela primeira vez prepara a “lavagem manual” dos próprios pássaros, deve antes praticar lavando outros pássaros que não irão para o concurso ou exposição. Desta forma, se os primeiros resultados da lavagem não forem satisfatórios (devido a eventuais erros na “técnica do banho”) pode-se pesquisar as causas negativas que provocaram o resultado negativo.
Lembrar-se sempre que um pássaro lavado recentemente pode manchar facilmente a própria plumagem (daí a necessidade de aloja-los em lugares bem limpos e com arames sem ferrugem).
Preparos e utensílios:Quando se prepara os pássaros que devem ser expostos, o criador não só deverá preventivamente treinar-lhes a exibirem-se sem temor, mas como também deverá certificar-se que a plumagem seja imaculada, sem penas sujas especialmente em volta do pescoço e na cauda, partes da plumagem que se sujam mais facilmente. Normalmente a “lavagem manual” é feita uma semana antes do dia do concurso ou exposição. Para lavar os pássaros deve-se preventivamente munir-se dos seguintes preparos:
· 3 ou 4 recipientes de ½ litro de água, mas o ideal seria em água corrente em fio e morna se possível;
· Um champô neutro para criança, tipo que não irrite os olhos (ex: “Johnson”);
· Uma garrafa de vinagre de maçã de boa qualidade;
· Um recipiente contendo glicerina;
· Um pincel de barba de pêlos muito fofo (melhor dois pincéis) e uma escova de dentes macia em forma de triângulo, para lavar a cabeça;
· Um recipiente contendo sabão neutro de boa qualidade;
· Papel toalha bem absorvente;
· Uma esponja natural, muito macia (não de plástico);
· Alguns cotonetes (dos utilizados para limpeza de ouvidos humanos).
· Além disso é necessário secar-se a plumagem e para tanto pode-se usar:
· Uma fonte de calor (observar para não haver alterações quanto a oxigenação);
Ou um local (diferente do de criação) bem quente, com temperatura acima de 23ºC.
Deve-se ter PRECISÃO, PROTEÇÃO e DELICADEZA. Com estes “ingredientes”, uma boa prática conferirá gradualmente aquela experiência que permitirá lavar, em uma hora, uma dúzia de pássaros para concurso ou exposição.
Procedimento:· Um local quente (bem fechado, para evitar qualquer perigo de corrente de ar) pode conter um número elevado de pássaros molhados. É necessário evitar-se uma secagem muito rápida, ou seja, um calor excessivo que facilitaria uma plumagem desarrumada e anti estética que podem perdurar por várias semanas: ao contrário, uma secagem muito lenta (gaiola muito distante da fonte de calor) coloca em perigo o pássaro que, pela queda de temperatura pode ser acometido de todas as complicações que se pode facilmente imaginar.
· Os canhotos seguram o pássaro com a mão direita; a maioria dos destros, seguram com a mão esquerda, delicadamente, mantendo o polegar e o indicador em volta do pescoço, sobre o ombro, no sentido de evitar que a cabeça possa sair, com consequente fuga.
· No primeiro recipiente coloca-se água morna com um pouco de champô; emerge-se o pincel de barba ou escova de dente e, delicadamente, manejando o pássaro na mão, se esfrega toda a plumagem sempre na direcção cabeça-cauda (ou seja, na direcção da pena e NUNCA ao contrário). Pode-se também lavar em água morna e corrente, saindo apenas um filete é mais rápido e higiénico. Com um bastonete, embebido em água com champô, limpa-se a cabeça, face e pescoço do pássaro, tendo-se cuidado para que a água não atinja o bico ou os olhos (mesmo um baby-shampoo irrita os delicados olhos dos pássaros). Colocar bem a cauda na água com champô e lavar, junto as asas mantidas abertas, com o pincel de barba ou escova de dente macia.
· Primeiramente lava-se a cabeça, a nuca, depois o dorso, os ombros, as asas (as asas são abertas e colocadas entre o indicador e o polegar da mão esquerda ou da direita quando se é canhoto e, com a outra mão, através do pincel de barbear, lavam-se as asas, sobretudo nas extremidades onde há mais sujeiras), o uropígio e a cauda. Depois, delicadamente, põe-se o pássaro com o ventre para cima e, sempre seguindo a direcção da plumagem (cabeça-cauda), são lavadas as partes inferiores, começando pela face, pescoço, peito, abdómen, subcauda e a raiz da parte inferior da cauda. Porém, para os exemplares mais irrequietos, deve-se lavar inicialmente o corpo, deixando-se por último a cabeça; deste modo o pássaro ficará mais tranquilo e não se debaterá durante a lavagem da cabeça. Nenhum pássaro gosta de ser colocado de “barriga pra cima” e, sobretudo os mais irrequietos, debatendo-se, podem fugir da mão; porém é possível controlar-se seus movimentos colocando-se o polegar e o indicador (formando um pequeno anel) entre a cabeça e o ombro, controlando o seu fechamento para evitar a saída da cabeça.
Como lavar a cabeça e a poupa:
· Nos exemplares com poupa (tipo ARLEQUIM, GLOSTER CORONA, CREST etc.) arrumam-se delicadamente as penas, a partir do centro do poupa (“coroa”) ajustando-as e, com a extremidade do bastonete embebido em água e champô, esfregar na direcção da pena, estando muito atento para não arrancar nenhuma pena durante a operação. A esta altura, passando-se delicadamente um dedo da mão sobre a plumagem molhada, sempre em direcção da cabeça-cauda, faz-se escorrer a maior quantidade de água e champô. O pincel de barbear, em um recipiente contendo água pura colocada à parte, é bem lavado e espremido; depois passa-se sobre sabão neutro e depois é molhado; depois repassa-se sobre toda sobre toda a plumagem do corpo do pássaro do mesmo modo já descrito. Se o pássaro não estava muito sujo, a utilização de sabão neutro pode ser evitada.
O reenxaguo:
· Após o ensaboamento deve-se fazer o reenxaguo do pássaro. Esta operação é importante na lavagem com champô, porque cada traço de sabão deve ser removido para se obter um perfeito resultado final. No segundo recipiente, contendo água pura morna, imerge-se todo o corpo do pássaro (obviamente com excepção da cabeça); abrem-se as asas e a cauda; através da outra mão recolhe-se água pura e lava-se delicadamente o pássaro.
· No terceiro recipiente é colocada água morna, na qual é adicionada: ou uma colher das de café de GLICERINA; ou uma colher das de café de um bom VINAGRE de maçã ou uva. A GLICERINA favorece a formação de uma plumagem elástica, muito macia, sedosa, vaporosa e mais cheia e é, assim, indicada para aqueles pássaros que devem exibir este tipo de plumagem (ex: NORWICH, GLOSTER, FRISADOS etc). Pode-se juntar à glicerina algumas gotas de limão que neutralizam traços de sabão. O VINAGRE, ao contrário, favorece uma plumagem brilhante e aderente; de tal modo é indicado para exemplares cujo standard prevê este tipo de plumagem (ex: SCOTCH, BOSSU, HOSO, PERIQUITOS ONDULADOS, espécies indígenas e exóticas de “tipo silvestre” etc.). Utiliza-se uma colher de glicerina (com 20 gotas de limão) ou de vinagre para cada litro de água.
· Antes de soltar o canário na gaiola de secagem enxugue-o bem e depois deixe-o por alguns minutos enrolado na toalha para que esta absorva alguma parte da água das penas
Permitir um banho regular, durante todo o ano aos pássaros de gaiola e de viveiros, é uma norma que deve cumprir um bom criador. Necessita-se de fornecer condições para que todos os pássaros criados possam efectuar os seus banhos diários, existem banheiras apropriadas, as quais devem ser bem limpas e desinfectadas com soluções aquosas de sais quaternários de amónio. Deve-se observar preventivamente a não utilização de substâncias ADERENTES no líquido do banho, ou seja, substâncias que venham juntar-se para favorecer a adesão às paredes, gaiolas etc; estes ADERENTES são danosos aos pássaros porque cobrem a plumagem com uma "película" e são irritantes aos olhos.
Os produtos contendo sais quaternários de amónio devem ser utilizados nas dosagens indicadas pelos produtores (normalmente 1 colher de café para 1 litro de água de banho: para acção desinfectante e antimicótica usa-se 1 colher das de sobremesa por litro de água e esta dosagem é contra-indicada para banho ou limpeza dos pássaros.
Os pássaros gostam de banhar-se diariamente também durante o Outono e o Inverno, em água tépida, canários de cor e canários de todas as raças e todos os indígenas, a maioria dos exóticos, se saudáveis e bem alojados aceitam muito bem o banho diário ou em dias alternados. Entretanto, as raças delicadas, algumas espécies de exóticos granívoros e insectívoros podem banhar-se em intervalos mais longos, em ambientes secos, totalmente sem correntes de ar, com água ligeiramente morna (sobretudo para os Giber Itálicos e o Giboso Espanhol, que não tem penas em certas partes do corpo) nas estações mais frias do ano. Para alguns pássaros, mesmo oferecendo-se banheiras com água, há uma recusa de imergirem na água; isto é normal para certas espécies como Melopsittacus undulatus que preferem que esfreguem as penas contra verduras molhadas. Para estes últimos não resta outra alternativa senão efectuar-se uma boa borrifação, sem exageros, através de alguns borrifos que são adquiridos em floricultura; dissolve-se uma colher das de café de sais quaternários de amónio para cada litro de água.
É óbvio que a gaiola contendo os pássaros que tomam banho (através da banheira ou da borrifação) deve ser bem limpa, pois de outro modo a plumagem ficaria suja e isto é um facto negativo, sobretudo para os pássaros que devem ir a concurso ou exposição. O fundo da gaiola ou a bandeja deve ser coberto por papel limpo do tipo absorvente e os arames devem ser bem zincados e esmaltados (a ferrugem suja a plumagem). Os únicos períodos nos quais convém evitar a borrifação são: durante o período de reprodução (a borrifação pode espantar a fêmea que pode interromper o choco ou a alimentação dos filhotes, ou descondicionar excessivamente os reprodutores, notoriamente mais ansiosos e medrosos que podem, em casos extremos, parar o ciclo reprodutivo devido ao descondicionamento hormonal; esta última situação é mais frequente nas espécies silvestres ou ainda não bem adaptadas à vida no estado de cativeiro) e durante o período da muda, pelo perigo de resfriamento.
Banhos ou borrifações devem ser feitos sempre antes das 15 horas para evitar que os pássaros durmam molhados ou húmidos.
Como lavar os pássaros que serão expostos em concurso ou exposição:
A lavagem das penas constitui um trabalho um tanto quanto delicado, porque o corpo do pássaro é muito sensível a cada tipo de manuseio e, em cada caso, não deve tê-los muito apertados na mão. Lembremo-nos que sempre que pegamos um pássaro na mão, ele sofre um stress mais ou menos sério. Portanto a “lavagem manual” é uma operação que se faz somente para espécies ou raças mais domesticadas ou mais letárgicas (muitas raças de canários de forma, postura e frisados habituados ao contacto humano etc.); embora para os canários de cor e raças, sejam indígenas ou exóticas, aconselha-se evitar a captura difícil e o trabalhoso banho a mão; muito melhor oferecer-se a banheira ou borrifar-se.
Como se subdividem os canários de acordo com a plumagem:
CANÁRIOS que devem ter a PLUMAGEM ADERENTE.
CANÁRIOS que devem ter a PLUMAGEM VAPOROSA.
Esta subdivisão, orientativa para os criadores, torna-se necessária para a metodologia da “lavagem manual” a ser descritiva porque certos ingredientes do banho favorecem ou a uma plumagem aderente e sedosa ou uma plumagem fofa e luzente. Assim, por exemplo, um SCOTCH não pode ser lavado com um ingrediente que favoreça a fofura nem, pelo contrário, um NORWICH pode ser lavado com um ingrediente que torna a plumagem aderente. O criador que pela primeira vez prepara a “lavagem manual” dos próprios pássaros, deve antes praticar lavando outros pássaros que não irão para o concurso ou exposição. Desta forma, se os primeiros resultados da lavagem não forem satisfatórios (devido a eventuais erros na “técnica do banho”) pode-se pesquisar as causas negativas que provocaram o resultado negativo.
Lembrar-se sempre que um pássaro lavado recentemente pode manchar facilmente a própria plumagem (daí a necessidade de aloja-los em lugares bem limpos e com arames sem ferrugem).
Preparos e utensílios:Quando se prepara os pássaros que devem ser expostos, o criador não só deverá preventivamente treinar-lhes a exibirem-se sem temor, mas como também deverá certificar-se que a plumagem seja imaculada, sem penas sujas especialmente em volta do pescoço e na cauda, partes da plumagem que se sujam mais facilmente. Normalmente a “lavagem manual” é feita uma semana antes do dia do concurso ou exposição. Para lavar os pássaros deve-se preventivamente munir-se dos seguintes preparos:
· 3 ou 4 recipientes de ½ litro de água, mas o ideal seria em água corrente em fio e morna se possível;
· Um champô neutro para criança, tipo que não irrite os olhos (ex: “Johnson”);
· Uma garrafa de vinagre de maçã de boa qualidade;
· Um recipiente contendo glicerina;
· Um pincel de barba de pêlos muito fofo (melhor dois pincéis) e uma escova de dentes macia em forma de triângulo, para lavar a cabeça;
· Um recipiente contendo sabão neutro de boa qualidade;
· Papel toalha bem absorvente;
· Uma esponja natural, muito macia (não de plástico);
· Alguns cotonetes (dos utilizados para limpeza de ouvidos humanos).
· Além disso é necessário secar-se a plumagem e para tanto pode-se usar:
· Uma fonte de calor (observar para não haver alterações quanto a oxigenação);
Ou um local (diferente do de criação) bem quente, com temperatura acima de 23ºC.
Deve-se ter PRECISÃO, PROTEÇÃO e DELICADEZA. Com estes “ingredientes”, uma boa prática conferirá gradualmente aquela experiência que permitirá lavar, em uma hora, uma dúzia de pássaros para concurso ou exposição.
Procedimento:· Um local quente (bem fechado, para evitar qualquer perigo de corrente de ar) pode conter um número elevado de pássaros molhados. É necessário evitar-se uma secagem muito rápida, ou seja, um calor excessivo que facilitaria uma plumagem desarrumada e anti estética que podem perdurar por várias semanas: ao contrário, uma secagem muito lenta (gaiola muito distante da fonte de calor) coloca em perigo o pássaro que, pela queda de temperatura pode ser acometido de todas as complicações que se pode facilmente imaginar.
· Os canhotos seguram o pássaro com a mão direita; a maioria dos destros, seguram com a mão esquerda, delicadamente, mantendo o polegar e o indicador em volta do pescoço, sobre o ombro, no sentido de evitar que a cabeça possa sair, com consequente fuga.
· No primeiro recipiente coloca-se água morna com um pouco de champô; emerge-se o pincel de barba ou escova de dente e, delicadamente, manejando o pássaro na mão, se esfrega toda a plumagem sempre na direcção cabeça-cauda (ou seja, na direcção da pena e NUNCA ao contrário). Pode-se também lavar em água morna e corrente, saindo apenas um filete é mais rápido e higiénico. Com um bastonete, embebido em água com champô, limpa-se a cabeça, face e pescoço do pássaro, tendo-se cuidado para que a água não atinja o bico ou os olhos (mesmo um baby-shampoo irrita os delicados olhos dos pássaros). Colocar bem a cauda na água com champô e lavar, junto as asas mantidas abertas, com o pincel de barba ou escova de dente macia.
· Primeiramente lava-se a cabeça, a nuca, depois o dorso, os ombros, as asas (as asas são abertas e colocadas entre o indicador e o polegar da mão esquerda ou da direita quando se é canhoto e, com a outra mão, através do pincel de barbear, lavam-se as asas, sobretudo nas extremidades onde há mais sujeiras), o uropígio e a cauda. Depois, delicadamente, põe-se o pássaro com o ventre para cima e, sempre seguindo a direcção da plumagem (cabeça-cauda), são lavadas as partes inferiores, começando pela face, pescoço, peito, abdómen, subcauda e a raiz da parte inferior da cauda. Porém, para os exemplares mais irrequietos, deve-se lavar inicialmente o corpo, deixando-se por último a cabeça; deste modo o pássaro ficará mais tranquilo e não se debaterá durante a lavagem da cabeça. Nenhum pássaro gosta de ser colocado de “barriga pra cima” e, sobretudo os mais irrequietos, debatendo-se, podem fugir da mão; porém é possível controlar-se seus movimentos colocando-se o polegar e o indicador (formando um pequeno anel) entre a cabeça e o ombro, controlando o seu fechamento para evitar a saída da cabeça.
Como lavar a cabeça e a poupa:
· Nos exemplares com poupa (tipo ARLEQUIM, GLOSTER CORONA, CREST etc.) arrumam-se delicadamente as penas, a partir do centro do poupa (“coroa”) ajustando-as e, com a extremidade do bastonete embebido em água e champô, esfregar na direcção da pena, estando muito atento para não arrancar nenhuma pena durante a operação. A esta altura, passando-se delicadamente um dedo da mão sobre a plumagem molhada, sempre em direcção da cabeça-cauda, faz-se escorrer a maior quantidade de água e champô. O pincel de barbear, em um recipiente contendo água pura colocada à parte, é bem lavado e espremido; depois passa-se sobre sabão neutro e depois é molhado; depois repassa-se sobre toda sobre toda a plumagem do corpo do pássaro do mesmo modo já descrito. Se o pássaro não estava muito sujo, a utilização de sabão neutro pode ser evitada.
O reenxaguo:
· Após o ensaboamento deve-se fazer o reenxaguo do pássaro. Esta operação é importante na lavagem com champô, porque cada traço de sabão deve ser removido para se obter um perfeito resultado final. No segundo recipiente, contendo água pura morna, imerge-se todo o corpo do pássaro (obviamente com excepção da cabeça); abrem-se as asas e a cauda; através da outra mão recolhe-se água pura e lava-se delicadamente o pássaro.
· No terceiro recipiente é colocada água morna, na qual é adicionada: ou uma colher das de café de GLICERINA; ou uma colher das de café de um bom VINAGRE de maçã ou uva. A GLICERINA favorece a formação de uma plumagem elástica, muito macia, sedosa, vaporosa e mais cheia e é, assim, indicada para aqueles pássaros que devem exibir este tipo de plumagem (ex: NORWICH, GLOSTER, FRISADOS etc). Pode-se juntar à glicerina algumas gotas de limão que neutralizam traços de sabão. O VINAGRE, ao contrário, favorece uma plumagem brilhante e aderente; de tal modo é indicado para exemplares cujo standard prevê este tipo de plumagem (ex: SCOTCH, BOSSU, HOSO, PERIQUITOS ONDULADOS, espécies indígenas e exóticas de “tipo silvestre” etc.). Utiliza-se uma colher de glicerina (com 20 gotas de limão) ou de vinagre para cada litro de água.
· Antes de soltar o canário na gaiola de secagem enxugue-o bem e depois deixe-o por alguns minutos enrolado na toalha para que esta absorva alguma parte da água das penas
A Humidade no Canaril
Um dos principais factores dentro de um canaril é o seu nível de
humidade, este nível de humidade varia de canaril para canaril,
consoante a zona em que esta instalado e do seu próprio microclima.
O intervalo ideal que deve existir dentro do canaril em termos de humidade é de 50% a 70%, durante todo o ano se possível.
Pois se a humidade excessiva é prejudicial, também o ar demasiado seco tem alguns efeitos negativos.
Excesso de humidade:
- É no Inverno que verificamos o excesso de humidade que aliado ao tempo frio provoca vários problemas respiratórios.
- É nessa altura que aves mais senciveis acabam por morrer- O ambiente com mais humidade torna-se mais frio e se as Canárias estiverem em postura, podem acontecer distúrbios de postura e ovos atravessado.
- Excesso de humidade deteriora mais facilmente os alimentos, aparecendo bolores e fungos
- Julgo ser um utensílio fundamental num canaril um desumidificador para que o nível de humidade se mantenha no intervalo ideal.
Humidade reduzida:
- O ambiente demasiado seco no canaril em época de criação, pode-se verificar uma dificuldade de eclosão dos ovos e morte embrionária, pelo que é conveniente em ambientes demasiado secos 1 a 2 dias antes dos nascimentos borrifar os ovos.
- Também na muda o ar demasiado seco, não é ideal pois nascimento das novas penas requerem também alguma humidade para se desenvolverem brilhantes e sedosas, o banho nesta altura é fundamental para ajudar a ave nesta fase importante e sensível da vida da ave.
- Quando tivermos uma humidade demasiado baixa se possível utilizar um humidificador, pois na altura de calor mais humidade refresca o ar.
Zé Fernandes
Juiz de Canários de Cor
O intervalo ideal que deve existir dentro do canaril em termos de humidade é de 50% a 70%, durante todo o ano se possível.
Pois se a humidade excessiva é prejudicial, também o ar demasiado seco tem alguns efeitos negativos.
Excesso de humidade:
- É no Inverno que verificamos o excesso de humidade que aliado ao tempo frio provoca vários problemas respiratórios.
- É nessa altura que aves mais senciveis acabam por morrer- O ambiente com mais humidade torna-se mais frio e se as Canárias estiverem em postura, podem acontecer distúrbios de postura e ovos atravessado.
- Excesso de humidade deteriora mais facilmente os alimentos, aparecendo bolores e fungos
- Julgo ser um utensílio fundamental num canaril um desumidificador para que o nível de humidade se mantenha no intervalo ideal.
Humidade reduzida:
- O ambiente demasiado seco no canaril em época de criação, pode-se verificar uma dificuldade de eclosão dos ovos e morte embrionária, pelo que é conveniente em ambientes demasiado secos 1 a 2 dias antes dos nascimentos borrifar os ovos.
- Também na muda o ar demasiado seco, não é ideal pois nascimento das novas penas requerem também alguma humidade para se desenvolverem brilhantes e sedosas, o banho nesta altura é fundamental para ajudar a ave nesta fase importante e sensível da vida da ave.
- Quando tivermos uma humidade demasiado baixa se possível utilizar um humidificador, pois na altura de calor mais humidade refresca o ar.
Zé Fernandes
Juiz de Canários de Cor
Aumentar o tamanho das aves
Para algumas raças de canários é muito importante procurar aumentar o tamanho e melhorar a forma.
Muitos criadores procuram através dos cruzamentos executar esta tarefa, acasalando as aves mais corpulentas, mas o tamanho é uma característica muito complexa pois depende de diversos factores:
1) Hereditariedade
2) Alimentação
3) Ambiente
4) Selecção
Hereditariedade
Diversos genes condicionam o tamanho das aves e de outros animais.
O resultado de uma mistura de diversos genes reforça o tamanho -isto explica o porquê da consanguinidade produzir nas aves uma redução do número de genes diferentes, a favor de casais de genes idênticos e como tal um efeito nefasto sobre o tamanho.
Esta consanguinidade é apenas necessária nos nossos cruzamentos quando temos a finalidade de procurar conservar e manter uma nova mutação.
Estas consequências são imediatas pois obteremos aves mais pequenas com formas deficientes e temos a necessidade de efectuarmos novos cruzamentos para conseguir um tamanho normal e uma forma de acordo com as características raciais.
Inversamente, o cruzamento entre aves de diferentes origens favorece uma maior diversidade de genes e como tal um aumento do tamanho da ave.
Isto significa na prática que o criador deve evitar os cruzamentos em consanguinidade directa, procurando aves que tenham no seu património genético genes diferentes ou seja, não pertencerem à mesma linhagem familiar.
Alimentação
Deve ser muito rica e variada pois a carência de vitaminas e aminoácidos também provoca a diminuição do tamanho.
As proteínas desempenham uma função importante nos acasalamentos.
A Meteonina que contém zolfo melhorando a qualidade da plumagem.
As misturas de sementes adquiridas normalmente nas lojas comerciais são insuficientes pois não são equilibradas.
Os grãos ou sementes frescas, germinado, fruta e as proteínas animais e a papa de qualidade com um grau de proteínas nunca inferior a 16 ou 18% são elementos indispensáveis para obtermos aves de boa qualidade genética.
Ambiente
Uma boa higiene, alojamentos espaçosos e arejados são condições para nos permitir um bom desenvolvimento do tamanho das aves.
A nossa experiência demonstra que a criação em espaços grandes (voadeiras) torna as aves mais robustas, tendo um melhor desenvolvimento do seu esqueleto em relação às aves criadas em gaiolas, independentemente do tipo de alimentação.
As aves que fazem a muda em espaços grandes, além de serem mais fortes e robustas, apresentam a plumagem mais sedosa e brilhante.
Devemos proporcionar um banho diário, se possível com água corrente.
Outro pormenor importante é que as aves em comunidade adquirem efeitos estimulantes para uma alimentação plena.
As baixas temperaturas no local de criação produzem nos canários um efeito de aumento substancial de peso em virtude de procurarem assiduamente os alimentos.
Outro factor muito importante é sem dúvida a alimentação do espaço do canaril pois quanto maiores forem as horas de luz, ou sejam, os dias maiores, as aves mais tempo dedicam à alimentação.
Selecção
A selecção rigorosa e criteriosa nas aves de maior tamanho tem um efeito positivo pois as fêmeas geralmente põem ovos maiores.
Um ovo maior é mais rico em reservas proteicas dando origem às pequenas aves nascerem mais fortes, resistentes e mais desenvolvidas.
Não nos serve de nada aumentarmos as horas de luz no nosso canaril se não proporcionarmos às nossas aves uma alimentação equilibrada e o espaço não tenha as normas de higiene no mínimo aconselháveis.
Carlos Almeida LimaJuiz CNJ/ OMJ
Muitos criadores procuram através dos cruzamentos executar esta tarefa, acasalando as aves mais corpulentas, mas o tamanho é uma característica muito complexa pois depende de diversos factores:
1) Hereditariedade
2) Alimentação
3) Ambiente
4) Selecção
Hereditariedade
Diversos genes condicionam o tamanho das aves e de outros animais.
O resultado de uma mistura de diversos genes reforça o tamanho -isto explica o porquê da consanguinidade produzir nas aves uma redução do número de genes diferentes, a favor de casais de genes idênticos e como tal um efeito nefasto sobre o tamanho.
Esta consanguinidade é apenas necessária nos nossos cruzamentos quando temos a finalidade de procurar conservar e manter uma nova mutação.
Estas consequências são imediatas pois obteremos aves mais pequenas com formas deficientes e temos a necessidade de efectuarmos novos cruzamentos para conseguir um tamanho normal e uma forma de acordo com as características raciais.
Inversamente, o cruzamento entre aves de diferentes origens favorece uma maior diversidade de genes e como tal um aumento do tamanho da ave.
Isto significa na prática que o criador deve evitar os cruzamentos em consanguinidade directa, procurando aves que tenham no seu património genético genes diferentes ou seja, não pertencerem à mesma linhagem familiar.
Alimentação
Deve ser muito rica e variada pois a carência de vitaminas e aminoácidos também provoca a diminuição do tamanho.
As proteínas desempenham uma função importante nos acasalamentos.
A Meteonina que contém zolfo melhorando a qualidade da plumagem.
As misturas de sementes adquiridas normalmente nas lojas comerciais são insuficientes pois não são equilibradas.
Os grãos ou sementes frescas, germinado, fruta e as proteínas animais e a papa de qualidade com um grau de proteínas nunca inferior a 16 ou 18% são elementos indispensáveis para obtermos aves de boa qualidade genética.
Ambiente
Uma boa higiene, alojamentos espaçosos e arejados são condições para nos permitir um bom desenvolvimento do tamanho das aves.
A nossa experiência demonstra que a criação em espaços grandes (voadeiras) torna as aves mais robustas, tendo um melhor desenvolvimento do seu esqueleto em relação às aves criadas em gaiolas, independentemente do tipo de alimentação.
As aves que fazem a muda em espaços grandes, além de serem mais fortes e robustas, apresentam a plumagem mais sedosa e brilhante.
Devemos proporcionar um banho diário, se possível com água corrente.
Outro pormenor importante é que as aves em comunidade adquirem efeitos estimulantes para uma alimentação plena.
As baixas temperaturas no local de criação produzem nos canários um efeito de aumento substancial de peso em virtude de procurarem assiduamente os alimentos.
Outro factor muito importante é sem dúvida a alimentação do espaço do canaril pois quanto maiores forem as horas de luz, ou sejam, os dias maiores, as aves mais tempo dedicam à alimentação.
Selecção
A selecção rigorosa e criteriosa nas aves de maior tamanho tem um efeito positivo pois as fêmeas geralmente põem ovos maiores.
Um ovo maior é mais rico em reservas proteicas dando origem às pequenas aves nascerem mais fortes, resistentes e mais desenvolvidas.
Não nos serve de nada aumentarmos as horas de luz no nosso canaril se não proporcionarmos às nossas aves uma alimentação equilibrada e o espaço não tenha as normas de higiene no mínimo aconselháveis.
Carlos Almeida LimaJuiz CNJ/ OMJ
OS DISTURBIOS DE COMPORTAMENTO NAS FÊMEAS
O sucesso da criação depende do bom comportamento das fêmeas. Normalmente a fêmea colocada na presença do macho, faz o ninho, põe, choca os ovos e alimenta os filhotes.O macho pode ajudar na construção do ninho e participa na alimentação dos filhotes; a sua função torna-se cada vez mais importante à medida que os filhos crescem. Os principais problemas do comportamento concernentes às fêmeas são os seguintes:- A fêmea não põe
- A fêmea destrói constantemente o ninho
- A fêmea põe fora do ninho
- A fêmea põe sem parar
- A fêmea põe, mas não incuba
- A fêmea pica os ovos
- Os filhotes são atirados para fora do ninho
- Os filhotes são pouco ou mal nutridos
- A fêmea pica os filhotes
Analisemos os diferentes casos.
A FÊMEA NÃO PÕE
Normalmente a postura é desencadeada pela visão do ninho; ela é favorecida pela presença do macho. Na ausência de ninho, a presença dum recipiente côncavo pode incitar a fêmea a por; até pode pôr num comedouro.Mas é necessário que a fêmea esteja pronta para pôr, mesmo que o seu ovário contenha os futuros óvulos. Isto supõe que a temperatura e a luz tenham variado normalmente como aquelas produzidas na Primavera. Muita luz e sem muito calor ou o inverso, muito calor e pouca luz, provocam uma alteração do ciclo sexual, que é frequentemente acompanhada por uma muda parcial. Se a fêmea não põe, malgrado a presença do ninho e do macho, pode-se mudar o macho e trocá-lo por outro mais ardente, mais viril. Se o comportamento da fêmea não muda, é necessário troca-la por uma outra.A melhor fêmea é uma de dois anos, cujo comportamento terá sido testado no ano anterior. Uma fêmea muito velha pode estar inapta à postura: torna-se estéril.
A FÊMEA DESTRÓI O NINHO CONSTANTEMENTE
A maioria das fêmeas constrói metodicamente o ninho: empregam materiais grosseiros, depois materiais finos para o acabamento. Algumas começam a construção do ninho sem contudo acabar: elas confundem frequentemente os materiais e finalmente o primeiro ovo é posto num ninho inacabado e muito mal feito. Geralmente este comportamento é hereditário. Ele persiste de ano a ano. A fêmea não sabe fazer o ninho, porque nasceu, geralmente, num ninho mal feito.O criador deve intervir para terminar o ninho ou oferecer à fêmea um ninho completamente feito. No caso dum ninho de canários, pode-se colocar um ninho de fibras de coco comprado no comércio. Aos exóticos pode-se oferecer um ninho bola, em vime, no interior do qual se cola um revestimento macio, que o pássaro não poderá arrancar. Geralmente o criador contenta-se em terminar o ninho, colocando um suplemento de materiais e construindo uma cavidade para os ovos. Ele pode obter esta cavidade, fazendo rodar uma maçã no ninho, ou moldando com sua mão. Como no curso de criação, o ninho se suja, ele não pode hesitar em mudar o revestimento no momento em que ele se torne muito sujo. Os filhotes têm necessidade de asseio e esta limpeza agirá sobre o comportamento de adulto. Isto é sobretudo necessário quando o número de filhotes é importante. Isto é indispensável no momento em que os filhotes defecam sobre as paredes do ninho e quando os pais penetram no ninho para alimentá-los.
A FÊMEA PÕE FORA DO NINHO
Sucede que uma jovem fêmea põe fora do ninho, seja sobre o fundo da gaiola, seja num comedouro. Ela não compreendeu a função do ninho que o criador lhe ofereceu, e não o adoptou.O mais simples é colocar o ovo no ninho onde ele deveria ser posto; faz-se o mesmo para o segundo ovo, e assim por diante até a obtenção duma postura normal. Se a postura se faz num comedouro, tira-se o comedouro à noitinha, uma vez que a postura tem geralmente lugar ao nascer do dia. Para seduzir a fêmea no ninho, pode-se aí colocar um ovo claro (dum outro casal) ou um ovo falso. Quando se trata dum ninho caixa, junta-se materiais que se deixam passar pela abertura; esses materiais excitarão a curiosidade da fêmea, que visitará então o ninho.É possível que a fêmea não ponha no ninho, porque está infestado pelos piolhos ou porque não é suficientemente próprio. O asseio é necessário e é preciso então mudar ao menos o revestimento do ninho, entre duas ninhadas.
A FÊMEA PÕE SEM PARAR
Encontra-se no ninho um número de ovos anormal. No caso de uma espécie onde o macho e a fêmea são parecidos, é possível que o casal compreenda duas fêmeas. É necessário sexar atentamente os pássaros.Mas num casal normal, a fêmea pode pôr numerosos ovos. Geralmente são ovos claros e isto ocorre porque quando uma primeira postura era feita de ovos claros, a fêmea continuava a pôr.Uma observação atenta do número de ovos teria permitido ao criador ver que não se trata duma só postura, mas de duas sucessivas separadas por 5 a 6 dias. Algumas fêmeas são capazes desde o 5º dia de reconhecer se um ovo está claro ou não; neste momento elas podem abandonar o ninho ou pôr de novo. Uma perturbação do comportamento pode explicar uma postura abundante e contínua. A fêmea é vitima dum desarranjo endócrino. Normalmente quando a postura atingiu a cifra própria à espécie (5a 6 ovos no máximo), uma inibição se produz e isto bloqueia a produção de óvulos pelo ovário. Em alguns pássaros mais sensíveis que outros, o bloqueio tem lugar mais cedo e a fêmea põe menos ovos. A postura torna-se contínua quando o bloqueio não tem lugar. É necessário tirar a fêmea e trocá-la por uma outra. Esta perturbação desaparece geralmente quando a fêmea é colocada em viveiro não contendo qualquer ninho, sobretudo na ausência de machos. Pode também atenuar-se pouco a pouco: a fêmea podendo pôr ainda alguns ovos num comedouro, antes de se tirar definitivamente.
A FÊMEA PÕE MAS NÃO INCUBA
Esta perturbação pode ter várias causas: O desenvolvimento é desfavorável: há muito barulho ou a fêmea está inquieta. Pode ser suficiente mudar o lugar do ninho ou aquele da gaiola: a primeira ninhada estará perdida, mas uma segunda será levada a termo. A fêmea não choca porque os ovos estão claros, e isto porque ela não foi coberta pelo macho. É necessário tirar os ovos e aguardar uma segunda postura. Se a fêmea não choca, é preciso mudar o macho. O melhor macho é aquele que não somente cobre frequentemente a fêmea, mas também que a ajuda a ir para o ninho. Alguns machos chocam tanto e mesmo mais que a fêmea, mas o mais frequente e necessário é que a fêmea comece a chocar.
A FÊMEA PICA OS OVOS
Acontece quando os pássaros comem os ovos. O criador que constata a presença dum ovo e não o vê no dia seguinte ou quando o número de ovos diminui. Frequentemente não fica nenhum traço do ovo desaparecido: ele foi comido. Um pássaro pode muito bem comer um ovo. Ás vezes um filhote eclode e não se acha a casca: ela comeu-a, e isto evita que ela atraia a atenção dum predador, o que pode ter lugar quando a casca vazia é lançada fora do ninho. Sabe-se assim quando os pássaros de gaiola podem consumir os fragmentos de cascas; esses fragmentos dados pelo criador são uma fonte de cálcio. Por prudência, ele vai dar o melhor, (por ex. ostras trituradas ou fragmentos de cascas de ovos...)É normal que um ovo seja comido depois de ter sido posto. Geralmente, o criador acusa o macho. Pensa-se que o macho viu no ovo um corpo estranho que ele quer tirar do ninho; o ovo é quebrado e comido. Isto é possível, mas a fêmea pode comer os ovos. É o que tenho constatado com um casal de mandarins. Para saber se comia o ovo, coloquei sobre a casca um produto utilizado para impedir as crianças de roer as unhas. Um primeiro ovo desapareceu sem problema aparente nos pássaros. Porém após o desaparecimento dum segundo ovo, a fêmea foi gravemente intoxicada, enquanto que o macho ficou normal. A mãe era, pois, culpada. É preciso, então, no momento em que os ovos desaparecerem depois de terem sido postos, tirar a fêmea e trocá-la por uma outra.
OS FILHOTES SÃO LANÇADOS PARA FORA DO NINHO
Acontece quando os filhotes são encontrados fora do ninho, sobre o fundo da gaiola.Frequentemente apresentam feridas provocadas por cortes de bico.No momento em que o criador se apercebe, rapidamente deve colocar os filhotes no ninho. Podem cair acidentalmente ou ser assassinados pelas patas da fêmea, quando abandona muito brutalmente o ninho. É necessário então evitar assustar a fêmea que choca, e cuidar para que o ninho seja suficientemente profundo. Mas é possível que os filhotes tenham sido lançados para fora do ninho por um dos pais. Pouco depois da eclosão, o principal culpado é o macho; ele não reconhece no filhote o produto dum ovo, e lança-o para fora numa preocupação de propriedade, ou de defesa do ninho. Neste caso, é preciso tirar o macho, esperando-se que todos os filhotes tenham eclodido e chegado a ser bastante grandes. No Diamante Gould, mais sujeito ao stress, o macho pode reagir a uma perturbação (barulho, visitante estranho...), lançando os filhotes pouco depois. No momento em que os filhotes estão emplumados e prontos para sair do ninho, podem ser lançados pela fêmea desejosa de limpar o ninho para tornar a pôr. Algumas fêmeas tornam a pôr num ninho ocupado, mas outras expulsam os filhotes a golpes de bico. O sangue pode ocasionar a picagem: os filhotes se estiverem ainda depenados podem morrer.
OS FILHOTES SÃO POUCO OU MAL ALIMENTADOS
O crescimento dos filhotes é programado; se ele é retardado, os pais podem abandoná-los. Na natureza um retardamento no crescimento corresponde a uma doença ou ainda afecta o último nascido; esses pássaros estão condenados; eles não darão jamais um adulto robusto; os pais têm pressa de fazer uma nova ninhada, e cessam de alimentar os atrasados. Este comportamento permite a selecção natural indispensável à sobrevivência da espécie.Na criação, o atraso de crescimento tem as mesmas causas, mas o abandono é menos brutal. Um pássaro cego será alimentado tanto quanto será capaz de pedir com insistência sua alimentação: cessará de o ser quando não virar mais o bico do lado certo. Os filhotes debilitados por uma doença (frequentemente colibacilose) serão cada vez menos alimentados visto que eles terão cada vez menos força para pedir, levantar a cabeça e abrir o bico. No que concerne aos filhotes de crescimento mais lento numa ninhada, trata-se de mutantes, ou de últimos nascidos. Para salvá-los, o criador confiá-los-á a outros pais, que tenham filhotes no mesmo tamanho. Para que todos os filhotes duma ninhada sejam salvos é necessário que a ninhada fique homogénea, isto quer dizer que todos os filhotes cresçam regularmente.Pode-se activar o crescimento dos filhotes, dando-lhes uma pasta enriquecida em vitaminas. No início do crescimento, os protídios devem representar perto de 25% da ração; a seguir sua taxa deve diminuir regularmente em benefício dos glucídios (amidos dos grãos). Na natureza, os pássaros aí compreendidos, os granívoros, fornecem aos recém-nascidos uma alimentação muito rica à base de insectos e de pólen, bem como filhotes de larvas e grãos germinados. Por conseguinte, eles dão mais grãos de amoras. Se é necessário, em caso de doença, utilizar um antibiótico, ele deve ser associado a uma mistura vitaminada e de grãos germinados. Um antibiótico pode provocar uma carência em vitaminas e retardar o crescimento.
A FÊMEA PICA OS FILHOTES
Dissemos que a fêmea desejosa de pôr pode expulsar os filhotes para fora do ninho e picá-los para arrancar-lhes as penas. Esta hostilidade cessa no momento em que os filhotes deixam o ninho, salvo se o sangue correu. No último caso, a visão do sangue tem um efeito agressivo: ele estimula a picagem. É necessário isolar o filhote, tirar a pena que sangra e colocar um pó bactericida sobre a ferida. Filhotes machos podem ser igualmente picados pelo pai que o deseja expulsar. Se os filhotes devem ser deixados na presença dos pais, é necessário dispor duma gaiola suficientemente grande ou colocar uma separação através da qual os pais poderão alimentar os filhotes. Quando uma gaiola é muito pequena, os pais têm tendência a picar os filhotes. Pode-se também evitar isto, colocando os pais e os filhotes que deixaram o ninho numa outra gaiola, onde não haverá ninho.
CONCLUSÃO
Os distúrbios de comportamento não são raros numa criação. Isto vem do fato de que se está longe das condições naturais bem como em matéria de ambiente, quer de material ou de alimentação. Cuidados de atenção e a experiência permitem evitá-los ou tratá-los. A maior parte dessas perturbações não são hereditárias e não duram de ano a ano. O criador deve ter interesse em possuir muitas fêmeas e vários machos de reserva; mudam o macho ou a fêmea sendo este o meio mais eficaz para pôr fim a uma distúrbio de comportamento que torna um casal improdutivo.
Fonte: www.coantua.com
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
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